"É um sentimento de enorme alegria. A nossa geração tentou e hoje os nossos filhos estão a chegar lá. É uma grande satisfação", referiu João Vieira, um dos 15 mil espetadores que lotaram o estádio para assistir à vitória clara por 3-0 dos 'Tubarões Azuis' sobre Essuatíni, última classificada do grupo D de qualificação africana.
Mal se ouviu o apito final, os suplentes saltaram do banco e plantel de Cabo Verde festejou em campo. Nas bancadas, o público gritou, dançou e aplaudiu a seleção, após 90 minutos de apoio incansável.
O adepto Kleider Dias disse estar a viver um sonho: "Agora, no Mundial, é continuar a sonhar até onde pudermos. Tomara encontremos um Brasil, Alemanha ou Portugal. Os melhores. Queremos estar com os melhores".
"Esta passa a ser uma das três datas mais importantes da história de Cabo Verde, depois do Dia da Independência e do Dia da Democracia", referiu Paulino Dias, que assistiu ao vivo ao jogo, acrescentando: "Tenho amigos próximos nos Estados Unidos e de certeza vamos estar lá para apoiar".
Cabo Verde tem uma diáspora de cerca de 1,5 milhões de pessoas, o triplo dos residentes no arquipélago, distribuídos sobretudo pela Europa e pelos Estado Unidos, onde vão decorrer grande parte dos jogos do Mundial2026, a par do Canadá e México.
"Tenho nos EUA sobrinhas, primos que acompanham o jogo. Hoje é um dia de festa", disse João Vieira.
Os 'Tubarões Azuis', que entre 11 de junho e 19 de julho de 2026 contarão com o apoio da diáspora, irão conhecer os adversários da fase final no sorteio agendado para 05 de dezembro, em Washington, nos Estados Unidos.
Escolas, serviços públicos e muitas empresas privadas pararam hoje para assistir ao jogo, graças à tolerância de ponto concedida pelo Governo, com o propósito de apoiar a seleção masculina de futebol.
A festa continua no estádio e não só: Cabo Verde é um país de música e todos prometem festejar até tarde.
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