David Villa foi o mais recente convidado do antigo internacional espanhol Mario Suárez, no canal de YouTube 'El Camino de Mario', onde 'passou a limpo' a experiência no Barcelona, que durou entre 2010 e 2013, e ao cabo das quais somou 48 golos ao cabo de 119 jogos oficiais, assim como uma Liga dos Campeões, uma Supertaça Europeia, um Campeonato do Mundo de Clubes, três La Ligas, três Taças do Rei e três Supertaças de Espanha.
Experiência essa que, no entanto, esteve para não acontecer, uma vez que, revela, agora, o próprio, esteve para ignorar... Pep Guardiola, o então treinador da formação catalã, quando este lhe telefonou para abrir caminho a uma transferência que acabaria por render, ao Valencia, um encaixe financeiro na ordem dos 40 milhões de euros.
"Quando Guardiola me ligou, lembro-me de que estava em casa. Ele liga-me, e eu respondo 'Estou ocupado, ligo-te mais tarde'. Eu pensava que era uma brincadeira. Então, liguei ao Xavi [Hernández], que eu já conhecia, da seleção, e perguntei-lhe se era mesmo o número do Pepe. Quando ele me disse que sim, liguei-lhe", começou por confessar, entre risos.
"A conversa por telefone com Guardiola foi um pouco curiosa. Foi tática. Ele disse-me por que é que me queria, onde é que iria jogar, por que é que me via nas condições que ele queria, aquilo que existia no Barcelona, como é que era o clube... Não esperava uma conversa tática, sem sequer ser, ainda, jogador do Barcelona. Se tinha uma percentagem de dúvidas sobre se queria ir para o Barcelona, essa chamada acabou por convencer-me. Disse ao meu representante que falasse apenas com o Barcelona", prosseguiu.
"Além de Guardiola ser um grande treinador e uma pessoa super-inteligente, o segredo dele é que pensa mais à frente. Ele vê as coisas antes dos outros. Neste desporto, quando antecipas as coisas que vão acontecer, tens muito já ganho", completou.
A resposta de David Villa a José Mourinho... 15 anos depois
A transferência de David Villa para o Barcelona acabou por revelar-se um sucesso 'estrondoso', mas a verdade é que os primeiros tempos passados em Camp Nou estiveram longe de ser os mais auspiciosos, de tal maneira que, no final dos 17 primeiros jogos com a camisola blaugrana, marcara apenas oito golos, despertando dúvidas quanto àquilo que valeria.
Foi então que surgiu... José Mourinho, agora treinador do Benfica que, na altura, enquanto timoneiro do Real Madrid, procurou 'espicaçar' o rival, ao ponto de afirmar que o Barcelona tinha gasto "uma fortuna num avançado que não marca golos a ninguém". A verdade é que o 'feitiço se virou contra o feiticeiro', e, a 29 de novembro de 2010, o próprio contribuiu com dois tentos e uma assistência para a goleada aos merengues, por 5-0.
"Eu gostava dessas coisas, porque ficava picado com esses comentários, e tinha a certeza de que ia fazer um bom jogo. Não esperava fazer dois golos e vencer, por 5-0... Esse é o jogo de que mais me recordo. Fiz uma assistência, dois golos e marcámos cinco ao maior rival. Uma situação melhor do que essa não há", atirou.
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