Zlatan Ibrahimovic, diretor desportivo do AC Milan, marcou, este sábado, presença no Festival Desportivo de Trento, em Itália, onde aproveitou para sair em defesa de Rafael Leão, que tem vindo a assinar uma temporada aquém das expetativas, visto que, por entre problemas físicos, foi utilizado por Massimiliano Allegri em apenas três jogos, ao cabo dos quais marcou um golo.
"Muitas pessoas falam sobre ele. Se não falassem sobre ele, ele não seria um dos melhores. As pessoas só falam dos melhores. Se olharmos para o passado, quando conquistámos o Scudetto, para mim, ele conquistou-o sozinho. Foi ele que fez a diferença. A equipa foi montada em torno deste fenómeno", começou por afirmar, em declarações reproduzidas pelo jornalista italiano Gianluca di Marzio.
"Rafael Leão conquistou o Scudetto como um fenómeno, sozinho. Pedimos-lhe muito, porque tem aquela magia que, de cada vez que faz alguma coisa... Quando ele não consegue fazer certas coisas, as críticas começam. Nós esperamos mais dele porque é um dos melhores do mundo. É tudo", acrescentou.
"Mourinho e Guardiola mudaram o futebol"
De seguida, o antigo internacional sueco 'virou a mira' para o mundo dos treinadores. Mais concretamente, para José Mourinho (do Benfica) e Pep Guardiola (do Manchester City), unanimemente tidos como dois dos melhores da história, com os quais teve a oportunidade de trabalhar, respetivamente, em Internazionale e Manchester City, e no Barcelona.
"Estes dois treinadores mudaram o futebol. Eu tive a sorte de ter trabalhado com ambos. Eles fizeram história, ambos me quiseram nas suas equipas. São duas pessoas diferentes. Guardiola estava no início da carreira, ao passo que Mourinho tinha tudo a ver com mentalidade. Ele entra-te na cabeça e controla-te. Ambos são vencedores, mas de maneiras diferentes", completou.
"É muito estranho não ter conquistado a Bola de Ouro"
A terminar, Zlatan Ibrahimovic foi desafiado a falar sobre a Bola de Ouro, um dos poucos troféus individuais que não conquistou, ao cabo de uma carreira com passagens por Ajax, Juventus, Internazionale, Barcelona, Paris Saint-Germain, Manchester United, Los Angeles Galaxy e AC Milan (onde 'pendurou as chuteiras', em 2023).
"Arrumei todos os meus troféus em casa, todas as coisas que conquistei. A publicação no dia da Bola de Ouro? Foi algo que me surgiu, não há qualquer tipo de inveja. Eu fiz aquele vídeo há quatro meses, não sou uma pessoa que viva nas redes sociais", esclareceu.
"Não há um arrependimento, simplesmente, é muito estranho que não a tenha conquistado. Os melhores não vencem sempre. Eu nem sequer conquistei a Liga dos Campeões, não é segredo", acrescentou, antes de lamentar que Lamine Yamal, do Barcelona, não tenha conseguido ir além de uma segunda posição, no presente ano de 2025, imediatamente atrás do vencedor, Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain.
"Temos de julgar o jogador que fez a diferença, do ponto de vista individual. E, para mim, esse jogador foi o Lamine", rematou, a propósito do troféu que a revista France Football atribui, anualmente, ao melhor jogador do mundo.
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