O mercado de transferências de inverno abre dentro de menos de três meses, e, no Sporting, já começam a 'desenhar-se' mudanças profundas, nomeadamente, no que diz respeito ao meio-campo, que ameaça tornar-se numa autêntica 'dor de cabeça' para a direção liderada por Frederico Varandas.
Hidemasa Morita termina contrato já no final da presente temporada, o que significa que poderá comprometer-se com qualquer outro clube, a 'custo zero', a partir de janeiro de 2026. Já Morten Hjulmand, continua a estar na agenda de alguns dos maiores clubes do futebol europeu, entre eles, Juventus (que fez de tudo para o 'resgatar', no passada verão) e Manchester United (onde teria a oportunidade de reencontrar-se com Ruben Amorim).
De acordo com as mais recentes informações veiculadas pelo jornal Record, quer o internacional japonês, quer o dinamarquês, podem vir a 'mudar de ares', abrindo, desta maneira, a porta a eventuais 'caras novas', num setor onde, para já, só contam a 100% Giorgi Kochorashvili e João Simões, visto que Daniel Bragança continua a recuperar de uma grave lesão e Rayan Lucas permanece integrado na equipa B.
Poderão, efetivamente, Hidemasa Morita e Morten Hjulmand abandonar Alvalade, já na próxima janela de transferências? Ou, dadas as frentes nas quais o Sporting se encontra 'vivo', será feito um esforço para que fiquem, pelo menos, até ao final da temporada de 2025/26? O Desporto ao Minuto analisa os prós e contras deste rumor.
Por que pode acontecer?
Ainda que sejam titulares indiscutíveis nos planos de Rui Borges, Hidemasa Morita e Morten Hjulmand estão longe de assinar a melhor das temporadas. O primeiro, sobretudo, por limitações físicas, e o segundo fruto de erros pouco caraterísticos, como a grande penalidade cometida, no passado fim de semana, sobre Gustaf Lagerbielke, que Rodrigo Zalazar converteu, permitindo ao Sporting de Braga 'resgatar' um empate a uma bola, em pleno Estádio José Alvalade.
O mercado de inverno será, de resto, uma potencial derradeira oportunidade para o Sporting 'encher os cofres', especialmente, no caso do japonês, cuja renovação parece, neste momento, estar descartada. Já no do dinamarquês, é, neste momento, o jogador mais valioso de todo o plantel, o que também terá de ser tido em conta.
Aliás, se os bicampeões nacionais em título pretendem reforçar o grupo de trabalho ainda mais (especialmente, tendo em vista o reforço da ala esquerda do ataque, onde Yeremay Hernández não passou de uma 'paixão de verão'), terão, primeiro, de vender, e esta dupla surge, por enquanto, como a mais 'comercializável'.
Por que pode não acontecer?
Desde que Rui Borges chegou ao Sporting, em dezembro de 2024, para fazer face à demissão de João Pereira, Morten Hjulmand foi o terceiro jogador que mais utilizou (apenas suplantado por Francisco Trincão e Gonçalo Inácio), e Hidemasa Morita o 14.º, pelo que dificilmente aceitaria perder qualquer um deles.
Além disso, o mercado de transferências de inverno é sobejamente conhecido como uma janela de 'remendos', e não de grandes investimentos, e, certamente, a direção liderada por Frederico Varandas não admitira libertar esta dupla por valores considerados reduzidos, em relação às respetivas cláusula de rescisão (80 milhões de euros, no caso do capitão, e 45 milhões de euros, no do seu 'braço direito').
Finalmente, se seria sempre complicado encontrar substitutos para ambos, no verão, no inverno, ainda mais, pelo que a SAD verde e branca preferiria aguardar pelo final da temporada para levar a cabo uma eventual 'revolução' num setor tão delicado do terreno como é o meio-campo.
Todas as semanas, o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica 'O rumor da semana', que pretende analisar, ao detalhe, as circunstâncias em torno dos mais badalados negócios do mercado de transferências.