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Golo tirou feriado no Dragão num FC Porto-Benfica 'alérgico' no ataque

As notas do encontro entre o FC Porto e o Benfica numa partida a contar para a oitava jornada do campeonato português. Um Clássico que terminou sem golos e que deixou muito a desejar.

Golo tirou feriado no Dragão num FC Porto-Benfica 'alérgico' no ataque

© Octavio Passos/Getty Images

Rodrigo Querido
06/10/2025 06:53 ‧ há 1 dia por Rodrigo Querido

Desporto

Análise

Um Clássico entre FC Porto e Benfica deixa sempre água na boca. Os adeptos de cada clube ficam sempre à espera de um espetáculo recheado de emoção, nervos à flor da pele e com muitos golos. Nervosismo aconteceu, mas tudo o resto acabou por ficar em casa.

 

O dia era de feriado em Portugal, mas não houve implementação da República no Dragão. O que ao início se perspetivava como um duelo que prometia muito, deixou muito a desejar. Foi o Clássico que marcou o regresso de José Mourinho a um lugar onde foi feliz, e onde até tinha sido homenageado há umas semanas, mas que acabou com uma equipa mais feliz do que a outra, no caso o Benfica.

O Clássico acabou por ser um encontro amarrado, calculista e cauteloso, um pouco à semelhança do que tem as equipas do técnico português têm mostrado nos últimos anos, e sem golos.

No encerramento da jornada 8 da I Liga, a solidez defensiva do Benfica conseguiu segurar o ímpeto de um FC Porto que não venceu pela primeira vez esta época. Em resumo, o jogo contou com três ocasiões importantes para os dragões, uma delas mesmo a terminar por parte de Rodrigo Mora e um quase autogolo de Bednarek.

Mas, sobretudo, o que fica deste jogo a 5 de outubro de 2025 é que foi um dia feriado para os ataques de azuis e brancos e lisboetas e sem gritos de golos oriundos das bancadas. Em semana de virose para o Benfica e de febre para Farioli, pode mesmo dizer-se que houve uma alergia a golos neste Clássico que deixou tudo igual na classificação.

Mas vamos às notas da partida:

Figura

Num jogo onde o Benfica passou muito tempo a defender, António Silva foi o jogador mais consistente na defesa encarnada. Apesar de um ou outro passe errado, o internacional por Portugal acabou por mostrar segurança e sentido de posicionamento. Destaque para vários cortes preciosos, entre um perante Borja Sainz ao minuto 77 e um outro sobre William Gomes já dentro dos dez minutos finais.

Surpresa

Se Froholdt esteve vários furos abaixo do habitual no meio-campo do FC Porto, muito se deveu ao trabalho de Enzo Barrenechea. O argentino acabou por ser o melhor dos três médios do Benfica e ganhou a grande parte dos duelos que travou. Ao minuto 64, quase provocou um autogolo de Kiwior. Acumulou recuperações e desarmes.

Desilusão

Samu costuma ser um dos abonos de família do FC Porto, mas esteve desaparecido nesta partida. É certo que foi deficitariamente servido pelos colegas de equipa, mas podia ter feito mais no tempo em que esteve em campo. Teve de batalhar muito por cada bola e algum espaço e sentiu muitas dificuldades no controlo do esférico. Foi substituído sem grande surpresa por Deniz Gul.

Treinadores

Francesco Farioli

O FC Porto dominou quase todo o jogo e criou as melhores ocasiões de golos, mas acabou por sair da partida, de alguma forma, com um sabor amargo dado o resultado final. A bem da verdade, é também preciso referir que o clube da Invicta não teve espaço que queria para ser a equipa vibrante e pujante que já demonstrou ser esta época.

José Mourinho

O Benfica corria sérios riscos de sair do Dragão a sete pontos da liderança e o treinador do Benfica não teve problemas em ser estratégico e jogar com segurança. O conjunto encarnado só não foi uma nulidade no ataque neste Clássico porque o técnico português decidiu arriscar um pouco mais no fim. Quase colheu frutos dessa estratégia calculista quando Kiwior desviou um livre lateral para a trave.

Arbitragem

Miguel Nogueira estreou-se em Clássicos entre FC Porto e Benfica e esteve à altura do que era a importância desta partida. Decidiu bem os lances nas áreas num jogo que contou com um nível de intensidade elevado e que lhe podia ter dificultado o trabalho.

Leia Também: 'Vírus' do golo atingiu Clássico. FC Porto e Benfica anulam-se no Dragão

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