A estação televisiva britânica Sky Sports traz, esta segunda-feira, a público a ordem cronólogica dos eventos que levaram à demissão de Graham Potter do comando técnico e consequente contratação de Nuno Espírito Santo, que estava livre há menos de um mês, depois de ter entrado em 'rota de colisão' com o proprietário do Nottingham Forest, o milionário grego Evangelos Marinakis, que acabou por despedi-lo.
Os hammers estão a levar a cabo um arranque de temporada de 2025/26, verdadeiramente, 'para esquecer', com apenas uma vitória ao cabo de seis jogos oficiais, em todas as competições, e cinco derrotas, a última das quais no passado dia 20 de setembro, sábado, perante o Crystal Palace, em pleno Estádio Olímpico de Londres, por 1-2.
Imediatamente após o árbitro Tony Harrington ter feito soar o apito final, no encontro relativo à quinta jornada da Premier League, o diálogo entre a direção do clube e o empresário do treinador português, o compatriota Jorge Mendes, intensificou-se, visto que existia o receio de que a despromoção ao Championship se tornasse numa realidade, após 15 anos consecutivos no principal escalão do futebol inglês.
O plano inicial da formação londrina passava por aguardar pela pausa para compromissos internacionais (isto é, após os encontros perante Everton e Arsenal, a 29 de setembro e 4 de outubro) para levar a cabo esta 'chicotada psicológica', mas tudo terá sido precipitado pela vontade de Nuno Espírito Santo colocar, o mais rapidamente possível, as 'mãos à obra'.
O antigo guarda-redes mostrou-se ciente da magnitude do trabalho que tem pela frente, particularmente, do ponto de vista defensivo, visto que a equipa leva já 16 golos sofridos em apenas seis jogos, pelo que não teve receio de assumir o cargo, imediatamente, apesar da dificuldade que acarretam as deslocações que se seguem, ao Hill Dickinson Stadium e ao Emirates Stadium.
Graham Potter foi apanhado de surpresa
Graham Potter estava ciente de que, dada a crise de resultados que se instalara, ao longo do último mês, o seu emprego estava em risco. No entanto, nada fazia prever que fosse despedido antes da visita ao Everton, até porque já tinha mesmo levado a cabo... a tradicional conferência de imprensa de antevisão ao jogo, na passada sexta-feira.
O treinador inglês só foi, de resto, informado desta decisão pela manhã de sábado, quando chegou ao centro de treinos, para orientar mais uma sessão de trabalhos. Uma medida que apanhou de surpresa, não só o próprio, como até mesmo o plantel, ainda que vários elementos do mesmo entendessem que estava na hora de levar a cabo uma 'mexida' no banco de suplentes.
Seguiu-se uma reunião, cara a cara, entre Nuno Espírito Santo, David Sullivan (o presidente do West Ham) e Karren Brady (vice-presidente), e o acordo não tardou, ainda que outros nomes estivessem referenciados para o cargo, como era o caso de Slaven Bilic, que estaria disposto a assinar um contrato válido apenas até ao final da presente temporada com o clube que já orientara, entre 2015 e 2017.
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