O 'caos' que rodeia o Manchester United conheceu, esta semana, um novo capítulo, desta feita, relacionado com os planos delineados para a construção de um novo estádio e respetiva demolição de Old Trafford, que, feitas as contas, obrigaria a um investimento de mais de dois mil milhões de euros.
De acordo com informações adiantadas, este sábado, pelo portal britânico The Athletic, as intenções do mais recente coproprietário, Sir Jim Ratcliffe, sofreram um significativo revés, visto que a Freightliner, empresa que detém grande parte dos terrenos nos quais o recinto seria instalado, terá feito saber que só os negoceia por cerca de 400 milhões de libras (458 milhões de euros), isto, quando as previsões iniciais do clube apontavam para qualquer coisa como... 50 milhões de libras (57,3 milhões de euros).
Face a este cenário, os red devils começaram a estudar potenciais alternativas, e, após tomarem conhecimento da indignação dos adeptos, optaram por retirar por completo a tão badalada cobertura do 'novo Old Trafford', que chegou a ser apelidada por muitos de... "tenda de circo", após a divulgação das primeiras maquetes.
A dita cobertura idealizada pelo ateliê de arquitetura Foster + Partners servia, sobretudo, efeitos estéticos, (embora tenha sido apresentada como uma solução para abrigar os adeptos da chuva, antes e depois dos jogos, numa zona de convívio com serviços de restauração), e estava orçamentada entre os 300 e os 400 milhões de libras (entre os 343,5 e os 458 milhões de euros).
Na altura, Sir Jim Ratcliffe, o homem mais rico do Reino Unido, explicou esta opção com a intenção de fazer de Old Trafford "mais do que um novo estádio": "Toda a gente conhece a Torre Eiffel e toda a gente quer visitá-la. Toda a gente no mundo irá querer visitar este estádio. Penso que o 'design' do estádio é de 10 em 10. Penso que é um 'design' verdadeiramente especial".
Certo é que esta (e outras) opções estão longe de ser consensuais, pelo que, acrescenta a publicação, os novos planos passam pela construção de um reduto de natureza mais tradicional, não só para agradar à massa associativa, como também para reduzir os custos do mesmo, ganhando, desta maneira, margem de manobra nas negociações com a empresa detentora dos terrenos.
Manchester United à espera de apoios do governo
Para já, a data para a finalização da construção da nova 'casa' dos portugueses Ruben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot permanece uma total incógnita, dada a complexidade da mesma... assim como à fortuna que custará, motivo pelo qual só será possível mediante ajuda financeira por parte do governo.
"O governo identificou o investimento em infraestruturas como uma prioridade estratégica, particularmente, no norte de Inglaterra, e nós estamos orgulhosos por apoiar essa missão com este projeto de importância, não só nacional, como também local", referiu Sir Jim Ratcliffe, aquando da apresentação do recinto.
A chanceler Rachel Reeves já se mostrou recetiva à ideia de ajudar o clube na construção do novo reduto, mas a verdade é que, passado, sensivelmente, meio ano, ainda não foi assinado qualquer tipo de acordo entre as partes envolvidas.
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