José Mourinho não poupou, esta terça-feira, nas críticas tecidas à equipa de arbitragem liderada por Sérgio Guelho, na sequência do empate a uma bola concedido pelo Benfica, perante o Rio Ave, em pleno Estádio da Luz, em partida em atraso da jornada inaugural do principal escalão do futebol nacional.
Na 'mira' do treinador português esteve, acima de tudo, a decisão de anular um golo a Vangelis Pavlidis, à passagem dos 61 minutos, devido a uma falta de Nicolás Otamendi, quando o encontro ainda estava 'emperrado' no nulo. Já aos 86 minutos, Georgiy Sudakov viria a colocar os encarnados na frente, mas, cinco minutos depois, André Luiz marcou o selou o resultado final.
"Se se anula um golo por um dedinho ter sido pisado ou uma camisolinha ter sido puxada, não gosto do futebol de hoje. O protagonista do jogo é o senhor que estava na Cidade do Futebol. Chamar o árbitro para ver o que todos vimos, e o árbitro não ter a personalidade para não ir na sequência do que o VAR diz... E não somos equipa com presença na área, que pode cruzar, mas fizemos um bom golo. Perdemos dois pontos importantes", começou por afirmar.
"Não sou obrigado a gostar, não gosto deste tipo de golo anulado, para um lado ou para o outro. É o futebol atual, foi chamado ao VAR e decidiu. Honestamente, não acho que seja golo para ser anulado. E um jogador que, eventualmente, simula falta fora da área ao quinto minuto leva amarelo? Quem deve levar amarelo? Quem simula ou jogadores que levam todo o jogo a retardar? Há critérios, mas este empate, neste caso, é derrota, não gosto de ir por aí", acrescentou.
"Dói o resultado, dói a injustiça..."
Quanto ao jogo propriamente dito, o Special One defendeu tratar-se de "um resultado extremamente injusto", visto que "uma equipa quis ganhar e a outra quis empatar": "Fomos penalizados por um resultado que é péssimo, contra um adversário que fez um golo fantástico sob o ponto de vista técnico, no único remate à baliza, mas tenho de olhar para o golo da perspetiva do treinador do Benfica. Não se pode sofrer um golo ao minuto 90, depois de 45 minutos de boa qualidade, intensidade, de tanta recuperação de bola, esforço tremendo… ".
"Fizemos tudo para ganhar, não se pode sofrer golos assim. Podemos sofrer, mas um golo diferente. Tínhamos seis jogadores à frente da linha da bola a ganhar por 1-0, sete jogadores em posição ofensiva e somente três atrás. É 'naive’' é pouca experiência global, pouco entendimento do jogo. O que fizemos de mal na primeira parte, circular sem objetividade, era o que deveríamos ter feito. Dói o resultado, dói a injustiça do mesmo, dói a forma como sofremos o golo. Com os jogadores que entraram a equipa começou a andar de outra maneira, faz golo…", prosseguiu.
"A segunda parte é melhor que a da Vila das Aves, muito melhor, com muito mais qualidade e consistência, 35 minutos verdadeiramente bons. Bola perdida, bola recuperada, intensidade e volume ofensivo. Se dividirmos os dois jogos em quatro partes, esta segunda parte é a melhor. Uma coisa é acabar com alegria de ganhar, outra é a frustração de perder dois pontos ao minuto 90+1. Foi frustrante", rematou.
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