Filipe Anunciação, um dos capitães do Paços de Ferreira quando Diogo Jota surgiu na equipa principal, em 2014/15, destacou hoje o trato raro e a humildade do internacional português, lamentando o "desfecho incrível e injusto".
"O Jotinha sempre teve um trato que não é fácil de encontrar, porque não olhava a caras na hora de dividir uma bola, fosse num exercício ou num jogo, sempre com o objetivo de vencer", recordou Filipe Anunciação, em declarações à agência Lusa.
Já retirado dos relvados, Anunciação recordou ainda a humildade de Diogo Jota.
"Ele sabia que era dos melhores da sua geração, mas estava aberto a ouvir todos, fossem treinadores ou colegas, sempre com um comportamento impecável. Trabalhou muito para conquistar o que conseguiu, mas a vida foi muito injusta com ele e o irmão", concluiu.
O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 26, morreram hoje de madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.
Diogo Jota era jogador do Liverpool, emblema que representava há cinco épocas e no qual venceu uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga e uma Supertaça, ainda com o Wolverhampton.
Depois da formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, o avançado representou por uma época o FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo depois cedido ao Wolverhampton, no qual esteve três temporadas.
Na seleção portuguesa, Diogo Jota, que casou recentemente com a mãe dos seus três filhos, somou 49 internacionalizações, tendo conquistado duas Ligas das Nações.
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