"Nós antes íamos aos Europeus para participar, agora é tentar avançar"

A treinadora Mariana Cabral defendeu hoje que a seleção portuguesa feminina de futebol vai "competir e tentar avançar" para a fase a eliminar, ao invés de só "participar", naquela que será a terceira presença seguida das 'navegadoras' em Europeus.

Mariana Cabral

© Getty Images

Lusa
01/07/2025 08:53 ‧ 01/07/2025 por Lusa

Desporto

Europeu feminino

A treinadora Mariana Cabral defendeu hoje que a seleção portuguesa feminina de futebol vai "competir e tentar avançar" para a fase a eliminar, ao invés de só "participar", naquela que será a terceira presença seguida das 'navegadoras' em Europeus.

 

"O objetivo de Portugal deve ser passar a fase de grupos. Nós antes íamos para participar, agora vamos para conseguir alguma coisa, para competir, para ganhar e tentar avançar. As jogadoras já têm essa experiência e já sabem o que é estar nas grandes competições, como o Europeu e Mundial", declarou a técnica portuguesa, de 37 anos, à agência Lusa.

E acrescentou: "Quando fazemos uma coisa pela primeira vez não estamos tão confortáveis como na segunda, terceira ou quarta. Acho que é possível [passar aos quartos], mas também é difícil".

Embora reconheça que a seleção comandada por Francisco Neto passa por uma "fase agridoce", face aos recentes maus resultados no Grupo A3 da Liga das Nações e consequente despromoção à Liga B, a antiga treinadora da equipa feminina do Sporting, pelo qual venceu uma Taça de Portugal e duas Supertaças, recordou a ausência de jogadoras importantes nessas partidas.

"Se formos ver, Portugal empatou com Inglaterra (1-1) e ganhou à Bélgica (1-0), mas passou por uma fase que não foi tão boa. Faltaram jogadoras importantes e é difícil. Faltava a Kika [Nazareth], a Lúcia [Alves], a Jéssica [Silva], a Diana [Gomes] e a Ana Seiça. Têm muita qualidade e estão habituadas a estarem na seleção. Quando algumas desse grupo não estão, o grupo fica mais fraco", lembrou.

Inserida no Grupo B, com a Espanha, campeã do Mundo, Itália e Bélgica, do torneio que vai decorrer na Suíça, a tarefa das portuguesas não se perspetiva nada fácil, depois de terem ficado pela fase de grupos nas últimas duas edições, com a atual técnica-adjunta das norte-americanas do Utah Royals a explicar o porquê.

"A seleção já passou pelo pior e já sabe o que é o pior. Desta vez, estão mais bem preparadas para isso. Se conseguirem, dependendo das jogadoras que estiveram em campo e disponíveis, roubar um bocadinho a bola a Espanha será melhor para nós, em vez de dar a bola sempre, porque elas são as melhores com bola. Espanha é superfavorita a ser primeira do grupo e Portugal poder pode perfeitamente lutar com Itália e Bélgica [pelo segundo lugar]", argumentou.

O selecionador Francisco Neto tem optado por alternar a guarda-redes, mas tendo em conta os 20 golos sofridos nos últimos quatro jogos na Liga das Nações e de forma a dar estabilidade à equipa, Mariana Cabral considera que está na hora de eleger a titular.

"Acho que faz alguma diferença, sim. Percebo a lógica de tentar colocar duas jogadoras que têm muita qualidade, tanto a Patrícia [Morais] como a Inês [Pereira], mas a posição de guarda-redes é um bocadinho especial. Estaria na altura de colocar alguém como número um, porque dá um bocadinho mais de estabilidade à equipa e à própria guarda-redes, que não está preocupada se no próximo jogo vai jogar ou não", explicou.

Por fim, falou das seleções favoritas à vitória final do torneio que vai decorrer entre quarta-feira e 27 de julho, em solo helvético, apontado Espanha como clara favorita, num pódio com a campeã em título Inglaterra e a recordista Alemanha.

"Claramente que a seleção espanhola é a favorita, é a principal candidata. Essas três [Espanha, Inglaterra e Alemanha] são claramente as mais fortes, são as que vão chegar claramente às meias-finais e mais alguém, possivelmente a França", terminou.

Portugal vai estrear-se, no Grupo B, com a Espanha, campeã do mundo, na quinta-feira, em Berna, defrontando, quatro dias depois, a Itália, em Genebra, e a Bélgica, no dia 11, em Sion.

A Inglaterra é a atual detentora do troféu, sucedendo aos Países Baixos, num historial dominado pela Alemanha, que detém oito títulos, o primeiro como República Federal da Alemanha (RFA), seguida de Noruega, com dois, e ainda Suécia, também com um.

Leia Também: Mariana Cabral 'arrasa' Sporting: "Acham que nos estão a fazer um favor"

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