Em circunstâncias atípicas, o Benfica deu luta, mas acabou por ser eliminado pelo Chelsea (1-4 após prolongamento), este sábado, nos 'oitavos' do Mundial de Clubes, numa partida que voltou a contar com um longo período de duas horas de suspensão (a apenas cinco minutos dos 90') por culpa do mau tempo que se fez sentir em Charlotte.
Naquela que foi a despedida de Ángel Di María dos encarnados, as águias 'fugiram' da boa imagem apresentada frente ao Bayern Munique e só não foram para o intervalo a perder graças às intervenções de António Silva e Anatoliy Trubin.
A verdade é que bastou um 'pecado' do guardião ucraniano no segundo tempo para permitir que o golo solitário de Reece James (64') 'atormentasse' as águias, que até beneficiaram da tal longa tempestade para ainda sonharem com o apuramento, por via do empate apontado por Ángel Di María, na sequência de uma grande penalidade (90+5'). Tudo empurrado para o prolongamento.
Num jogo que demorou quase cinco horas até chegar ao fim, o Benfica ficou reduzido a dez elementos por expulsão de Gianluca Prestianni (92') e essa seria mesmo a 'machadada' final nas aspirações. Christopher Nkunku (108') aproveitou novo erro de Trubin, Pedro Neto (114') entrou nas contas e Dewsbury-Hall (117') fechou a inesperada goleada. O Benfica, a part-time, despede-se assim da prova que decorre nos Estados Unidos da América.
Eis a crónica de um jogo que parecia não ter fim
Bruno Lage surpreendeu ao deixar Álvaro Carreras (e até Renato Sanches) no banco e não só manteve a confiança em Samuel Dahl, como ainda apostou no regresso de Florentino Luís, mas a verdade é que o primeiro tempo não correu de feição à sua equipa.
Os blues entraram com tudo e, ainda dentro do primeiro minuto, coube a Pedro Neto a responsabilidade de testar a atenção de Anatoliy Trubin, ele que viria a ser chamado a brilhar mais tarde, mas não sem antes ter existido um outro herói. Aos 19 minutos, António Silva 'substituiu' o seu colega e fez de guarda-redes por escassos segundos, negando um golo a Marc Cucurella em cima da linha, com um daqueles cortes que quase vale um golo. Trubin já estava batido e nada poderia fazer naquele lance.
O conjunto de Enzo Maresca não baixou os braços e, logo a seguir, foi a vez de Cole Palmer tentar a sua sorte, 'esbarrando' nos reflexos do guarda-redes das águias, naquela que seria uma de duas defesas na primeira parte que prometem correr mundo. A outra aconteceu já ao minuto 38, quando negou aquele que parecia ser um 'golo cantado' para Cucurella, na cara do seu adversário, com a mão esquerda a voltar a fazer milagres. Só assim foi possível manter o nulo no marcador, perante um Benfica inofensivo.
O regresso dos balneários trouxe consigo uma mexida do lado do Benfica, com a substituição de Andreas Schjelderup por Kerem Akturkoglu, mas nem assim o clube português conseguiu afirmar a sua veia mais ofensiva dentro de campo.
Num segundo tempo mais 'morno', Moisés Caicedo foi o primeiro a tentar, de longe, assustar Trubin, até que o golo acabaria por chegar de uma forma meio imprevisível. Aos 64 minutos, Reece James cobrou um livre direto a partir da esquerda e aproveitou o mau posicionamento do guarda-redes dos encarnados (a 'manchar' o brilharete registado até então) para deixar os blues em festa.
Se até ali praticamente nem se tinha visto a cor da camisola de Robert Sánchez, eis que o Benfica precisou de afinar a estratégia e passou, aí sim, a mirar a baliza contrária, com mais autoridade... mas com pouca agilidade. Já com Andrea Belotti e Gianluca Prestianni em campo, o clube da Luz arriscou, mas parecia faltar algo no capítulo do último toque, uma vez que as luvas do guarda-redes pouco ou nada tocaram na bola, sendo que, pelo meio, Delap ainda viu um golo ser-lhe anulado por fora de jogo.
A cinco minutos dos 90', o típico alerta de mau tempo fez 'soar os alarmes' em Charlotte e provocou a interrupção do encontro durante cerca de duas horas, mas até terá sido aí que esteve a chave do Benfica para sonhar com algo mais, uma vez que o regresso ao campo acabou por ditar o empate, já em tempo de descontos.
O VAR alertou o árbitro Slavko Vincic para uma potencial grande penalidade, por mão de Malo Gusto na bola, sendo que foi Ángel Di María a encarregar-se de cobrar a grande penalidade com sucesso, aos 90+5', a ditar o 1-1 em Charlotte... e o consequente prolongamento.
Num jogo que demorou quase cinco horas até chegar ao fim, o Benfica ficou reduzido a dez elementos por expulsão de Gianluca Prestianni no arranque do prolongamento (92'), ele que viu a segunda cartolina amarela, já depois de ter visto a primeira na reta final do tempo regulamentar.
É certo que as águias, em inferioridade numérica, ainda tentaram a sua sorte na baliza contrária por duas ocasiões, mas tudo ficaria resolvido na segunda parte do prolongamento, com três golos em dez minutos. Christopher Nkunku (108') aproveitou novo erro de Trubin para recolocar o conjunto de Londres na frente do marcador e, perante os riscos assumidos pelo Benfica, mais golos acabariam por aparecer.
Pedro Neto havia estado algo desaparecido até então, mas bastou um remate certeiro para o Chelsea festejar mais um golo, aos 114 minutos, seguindo-se a confirmação da goleada por intermédio de Dewsbury-Hall (117'), numa altura em que o Benfica já não sabia mais o que fazer em campo, com Di María desolado com o que estava a acontecer.
Desta forma, o Chelsea avança para os 'quartos' e vai discutir um lugar nas 'meias', num duelo frente ao Palmeiras, agendado para o próximo dia 5 de julho, a partir das 2 horas da manhã (horário de Portugal Continental). O Mundial de Clubes deixa, assim, de ter equipas portuguesas em prova, uma vez que o FC Porto já tinha sido eliminado na fase de grupos.
[Notícia atualizada às 01h54]
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