"A equipa está com a enorme ambição de prosseguir na prova, sabendo que é difícil, mas não impossível", frisou Lage, não entregando sequer o favoritismo aos ingleses, vencedores da edição 2024/25 da Liga Conferência: "É 50/50".
Na conferência de antevisão do segundo jogo dos 'oitavos' de final da prova, em Charlotte, o técnico dos 'encarnados' disse saber o que o espera: "Temos um conhecimento profundo de como o Chelsea joga".
"Preparámos o jogo muito bem, analisando como o Chelsea se comporta com estas condições climatéricas, que mudam ligeiramente a intensidade do jogo. Agora, o que precisamos é de colocar em campo as nossas forças, individuais e coletivas. A nossa equipa está motivada", disse Lage.
Do adversário, lembrou que não esteve nos "seis meses fantásticos" de Enzo Fernández na Luz e destacou o internacional luso Pedro Neto, "um dos melhores extremos do mundo, que nunca se sabe para que lado vai e é difícil de marcar".
"O Chelsea é uma grande equipa, com um grande treinador, mas também sabe que o Benfica é uma grande equipa", frisou Lage, adiantando a "ambição de fazer sempre mais", depois de uma "boa prestação na Liga dos Campeões e do primeiro lugar no Grupo C do Mundial", à frente do Bayern Munique, que derrotou por 1-0.
Lage falou ainda do "enorme orgulho" de estar a representar o futebol português e garantiu que o Benfica está a "encarar esta competição como um Mundial de seleções, mesmo na gestão de jogadores, em que é preciso perceber o momento de cada um".
"Há jogadores que não fizeram grandes épocas e depois fazem grandes prestações numa competição mais curta", disse, acrescentando que, coletivamente, tem de ser "transversal a agressividade", algo no qual tem vindo a trabalhar.
Quanto a este percurso no Mundial de clubes ser uma afirmação pessoal, o técnico frisou que "todos os momentos" o são e disse que sabe bem o seu valor e que "não é por ganhar mais ou menos jogos" que é melhor treinador.
"Quanto ao Benfica, é claro que é grande pelas suas conquistas e não por vitórias morais", frisou
Individualmente, disse ter ficado "muito satisfeito com os 45 minutos de Prestianni" contra o Bayern, elogiou também a "excelente exibição" de Renato Sanches, "pela qualidade com bola, a forma como soube prolongar a construção e variar de bola pelos corredores" e o "jogo fantástico de Di María, tanto no aspeto "ofensivo como no defensivo".
Quanto ao 'onze', nada desvendou, nem sequer se vai manter o norueguês Aursnes como lateral direito: "Essa é a questão que não vou responder. Fredrik é um jogador fantástico, que fez uma temporada muito boa, um dos jogadores que merece mais descanso prolongado [pós Mundial], um líder pelo que faz em campo".
"Defende como lateral e ataca como médio, ao lado dos médios, o que foi importante para nossa capacidade de ter bola com o Bayern. Combina bem com Di María, por dentro ou por fora. No 'desenho' do golo, houve interpretação coletiva, mas também individual, no 'timing' para se desmarcar e cruzar", explicou.
O Benfica e o Chelsea defrontam-se hoje pela quarta vez, no segundo encontro dos oitavos de final do renovado Mundial de clubes, marcado para as 16:00 locais (21:00 em Lisboa), no Bank of América Stadium, em Charlotte, Estados Unidos.
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