Portugal vai enfrentar mais obstáculos frente à Geórgia na terça-feira, no encerramento do Grupo C do Europeu de sub-21, do que na goleada alcançada no jogo anterior com a Polónia, disse hoje o futebolista Tiago Tomás.
"Será um duelo mais competitivo. A eficácia ajudou-nos muito no último jogo e facilitou a nossa tarefa. A Geórgia é mais organizada e agressiva na pressão e, se não estivermos atentos e ao melhor nível, vai causar outro tipo de estragos. Termos de estar na máxima força para conseguirmos vencer", reconheceu o avançado, em conferência de imprensa.
Depois do empate com a França (0-0) e da vitória sobre a Polónia (5-0), Portugal volta ao Estádio Sihot, em Trencin, na Eslováquia, para encarar a Geórgia na terça-feira, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa), na terceira e derradeira jornada do Grupo C do Europeu de sub-21, enquanto os gauleses jogam à mesma hora com os polacos, já eliminados, em Zilina.
Numa 'poule' em que os dois primeiros classificados acedem à fase a eliminar, a seleção das 'quinas' soma os mesmos quatro pontos da França, segunda, sobre a qual apresenta uma diferença positiva de quatro golos, enquanto a Geórgia é terceira, com três pontos e possibilidades de qualificação, ao contrário da lanterna-vermelha Polónia, ainda a 'zeros'.
"Apesar de não termos triunfado no primeiro embate, justificava-se uma vitória nossa. No último, entrámos bastante bem e ganhámos. Jogamos sempre para ganhar e isso já está intrínseco na nossa mentalidade. Por isso, não estamos a pensar num empate diante da Geórgia, até porque nos pode correr mal", notou Tiago Tomás, que hoje celebra 23 anos.
O dianteiro dos alemães do Wolfsburgo jogou 80 minutos frente à França, mas perdeu a titularidade para o capitão Henrique Araújo e foi suplente não utilizado no embate com a Polónia, mostrando-se agora precavido para lidar com a disponibilidade física georgiana.
"Eu e o Henrique Araújo estamos preparados e temos qualidade para criar dificuldades a defesas-centrais agressivos e fortes no jogo aéreo. O mais importante é cumprir a nossa função na equipa para que, depois, as individualidades comecem a sobressair", assumiu.
Convocado para fases finais da competição pela segunda vez, quatro anos depois de ter ajudado Portugal a chegar à partida decisiva, na qual perdeu frente à Alemanha (1-0), na Eslovénia, Tiago Tomás reconheceu que tenta "ser um exemplo e ajudar os mais novos".
"O Geovany Quenda não tem tanta experiência, mas isso não se traduz em campo, tanto é que nos ajudou muito com dois golos e uma assistência na última partida. Há gerações mais velhas, outras mais novas. Procuramos fazer com que todos se sintam confortáveis no grupo e mostrem qualidade. Se assim for, só temos de jogar o nosso futebol", atestou.
Os lusos estão a um golo dos 500 entre qualificações e fases finais de Campeonatos da Europa de sub-21, mas o ponta de lança relativizou a hipótese de consumar esse registo.
"Seria sempre um orgulho marcar pela seleção, mas não acho que seja o mais relevante saber quem vai fazer esse golo. Como é óbvio, espero que consigamos atingi-lo amanhã [na terça-feira] ou não vamos conseguir vencer. Agora, pouco nos interessa saber quem marca, desde que consigamos alcançar o objetivo que é comum a toda a gente", admitiu.
A 25.ª edição do Europeu de sub-21 começou na quarta-feira e acabará em 28 de junho, com a final no Estádio Tehelné pole, em Bratislava, sendo que Portugal, finalista vencido em 1994, 2015 e 2021, procura um inédito troféu na 10.ª participação, e terceira seguida.
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