Apurada para o jogo decisivo face à vitória sobre a anfitriã Alemanha (2-1), na meia-final de quarta-feira, a equipa das 'quinas' conta com nove elementos do grupo que conquistou a edição inaugural do torneio da UEFA, em solo luso, e acolheu outros bons jogadores para manter o paradigma de há seis anos, considera o ex-selecionador, entre 1998 e 2000.
"São duas seleções compostas por bons jogadores, em termos técnicos, em termos físicos, em termos mentais, porque têm jogadores que jogam nas grandes equipas europeias e do mundo. São jogadores de elite. Pode-se comparar esta seleção com a que ganhou a Liga das Nações [em 2019]", refere, em declarações à Lusa.
Presente nos triunfos sobre a França, na final do Euro2016 (1-0, após prolongamento), e sobre os Países Baixos, na final de 2019 (1-0), o antigo vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), entre 2011 e 2024, lembra que os atletas encontram motivação em si mesmos para "situações únicas" como a final de Munique, agendada para as 21:00 locais (20:00 de Lisboa).
Convencido de que é preciso "apresentar intensidade" e evitar a "falta de concentração" nos detalhes, Humberto Coelho crê que a equipa das 'quinas' dispõe da "preparação mental" necessária para derrotar a seleção vencedora da Liga das Nações em 2023 e do Euro2024, que derrotou a França na meia-final de quinta-feira, em Estugarda (5-4).
"Quando jogámos em 2016 e 2019 e ganhámos, a equipa estava preparada para ganhar essas finais. É isso que tem de acontecer agora. É preparar-se para ganhar a final. As finais são para se ganhar", sublinha.
À espera de uma "boa final", o antigo defesa central, internacional português em 64 ocasiões, enaltece "a intensidade, a agressividade e o espírito coletivo" exibidos perante a Alemanha, principalmente na segunda parte, e espera ver esses atributos repetidos no domingo, perante um adversário que exige "cuidado".
"A Espanha é uma equipa forte coletivamente. Os jogadores são fortes. Jogam bem. Têm boa técnica. Sobem no terreno. A Espanha tem a grande força no coletivo. Quando há jogadores substituídos, [os outros] entram com a mesma determinação. É preciso ter cuidado", descreve.
Apesar das novidades táticas de quarta-feira, como a adaptação do médio João Neves a lateral direito, Humberto Coelho rejeitou qualquer surpresa com o triunfo e a supremacia de Portugal diante da 'mannschaft', face à "categoria dos jogadores" e ao trabalho do selecionador Roberto Martínez, que considera um "ótimo treinador".
O Portugal-Espanha de domingo está agendado para as 20:00 (21:00 horas locais), em Munique, e terá arbitragem do suíço Sandro Scharer.