"Kika Nazareth não vai poder jogar esta final, mas vai jogar outras"

A futebolista Jéssica Silva é a única portuguesa a ter conquistado a Liga dos Campeões feminina, pelo Lyon, e desejou à Lusa que Kika Nazareth se junte a ela nesse feito, pelo FC Barcelona, na final de Lisboa.

SANT JOAN DESPI, SPAIN - NOVEMBER 12: Kika Nazareth of FC Barcelona Femenino looks on during the UEFA Women's Champions League 2024/25 Group Stage MD3, football match played between FC Barcelona and SKN St. Polten at Johan Cruyff Stadium on November 12, 2

© Getty Images

Lusa
22/05/2025 08:19 ‧ 22/05/2025 por Lusa

Desporto

Jéssica Silva

Corria a temporada 2019/20 quando a avançada, então com 25 anos, ingressou na equipa francesa, tetracampeã continental, e contribuiu no percurso até ao 'penta' do Lyon, com um golo em três encontros realizados, não tendo disputado a final, tal como a colega e amiga, que se lesionou com gravidade e não estará presente na final em 'casa', contra o Arsenal, às 17:00 de sábado, no Estádio José Alvalade.

 

"Não joguei a final, mas estive lá e senti o que foi ganhar uma 'Champions'. Penso que o contexto e o facto de ser em Lisboa claro que lhe deve doer, e eu sei que dói, mas ela faz parte deste caminho até à final. Sei que ela vai ter muitas mais finais e nós queremos que ela recupere bem e o mais rápido possível. Queremos todos que ela ganhe esta final, vamos estar a torcer", disse a futebolista, que representa atualmente as norte-americanas do Gotham FC, numa entrevista à agência Lusa.

Ex-colega de equipa de Kika Nazareth no Benfica, uma relação que ainda mantém na seleção nacional com frequência, Jéssica Silva considera ser inevitável "sentir uma ligação emocional" ao FC Barcelona, pela presença da amiga nesse plantel.

"Independentemente de estar lesionada, ela faz parte do grupo. A Kika estava a ter uma época muito boa. Infelizmente, são coisas que acontecem. É inevitável sentir uma ligação emocional ao FC Barcelona, pois a Kika é minha colega e amiga. Ela tem um talento raro. Não vai poder jogar esta final, mas vai jogar outras", realçou.

Em época de estreia nas 'culés', Kika Nazareth, de 22 anos, totalizou três tentos e três assistências, em seis jogos, durante a caminhada até à final, numa formação catalã que, nas derradeiras seis épocas, disputou cinco finais e conta três títulos.

"O FC Barcelona tem dominado o futebol europeu nos últimos anos e, para mim, é neste momento a melhor equipa do mundo. Tem uma identidade muito própria e um coletivo impressionante, com jogadoras incríveis, com a nossa Kika também. É natural que assumam aqui o papel de favorito", analisou a futebolista, de 30 anos.

Por outro lado, o Arsenal chega à partida decisiva "com muita ambição", depois de uma única presença em finais, em 2006/07, tendo vencido a decisão a duas mãos.

"O Arsenal tem uma equipa de qualidade e a estrutura técnica tem sabido tirar o melhor daquele grupo. Para mim, o FC Barcelona, pela experiência, estabilidade e pelo que tem mostrado, está um passo à frente, mas nunca sabemos. Uma final é sempre uma final", apontou, mostrando pena por não poder assistir à final ao vivo.

Será a segunda final feminina do principal torneio europeu de clubes em solo luso, após o Estádio do Restelo, em 2013/14, e agora num palco ainda maior, o Estádio José Alvalade, recinto do Sporting, que tem capacidade para 50.095 espetadores.

"É muito bom para Portugal acolher uma vez mais a final da Liga dos Campeões, também numa fase de grande evolução. Significa que o futebol feminino está a conquistar o seu espaço, não só a nível internacional, mas de forma orgulhosa no nosso país. Acolher a maior competição a nível de clubes é especial e estamos a conquistar o nosso espaço em palcos de topo. Tem muita simbologia e, ao mesmo tempo, é o reflexo do crescimento do futebol em Portugal", salientou Jéssica Silva.

Internacional portuguesa em 119 ocasiões, a dianteira confia que vai ser "um dia memorável na história do futebol feminino em Portugal e no mundo" e recordou o ano da conquista do torneio, ao serviço da "melhor equipa de todos os tempos".

"Tenho a medalha em casa e guardo momentos muito bons durante o processo todo até à chegada à final. Estive lá e celebrei com elas, com a equipa. É especial. No futebol, todos contamos. Não joguei a final, mas joguei durante a qualificação e também marquei. Guardo sobretudo o ambiente de excelência, não só a nível desportivo, mas também o contexto humano, pois ajudaram-me muito a crescer como atleta e como mulher", lembrou a jogadora portuguesa, natural de Odemira.

Também pelo Benfica Jéssica Silva jogou a competição, na qual considera terem feito história, sobretudo num jogo "inesquecível" precisamente frente às catalãs, que terminou num empate 4-4, consentido pelas 'encarnadas' no último minuto.

 

 

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