Nuno Magalhães, que é o presidente da Mesa da Assembleia Geral da SAD do Benfica, foi convidado, esta segunda-feira, do programa Grandes Adeptos, da Antena 1. Além de ter deixado críticas ao desempenho de Schjelderup, analisou a arbitragem do dérbi.
O dirigente encarnado apontou o dedo ao árbitro João Pinheiro, frisando que este teve um desempenho "muito mau" no jogo entre Benfica e Sporting, que se realizou no passado sábado no Estádio da Luz (1-1).
"O Benfica] Não ganhou por culpa própria e também de uma exibição desastrada do árbitro. [O onze inicial de Bruno Lage] Não me causou incómodo, até achei a opção natural, jogou com a equipa titular da segunda volta, com todos em condições. Não achei que Di María estivesse completamente em condições, via-se que estava um pouco retraído, e, é justo dizê-lo, apanhou a pior parte do Benfica, não foi só o Di María que entrou sonolento, que entrou com receio do Sporting", disse Nuno Magalhães.
"O golo do Sporting é a imagem do receio com que o Benfica entrou. Ele [Gyokeres] é bom jogador, mas não é preciso irem três jogadores e deixarem outros jogadores que o Sporting, como o Trincão. Uma equipa que estava indecisa no que fazer, com receio a atacar e a defender. Di María tentou, como é sua obrigação, face ao currículo que tem, pegar no jogo mas não pegou bem. ninguém ficou surpreendido quando foi substituído", prosseguiu, antes de passar ao ataque a João Pinheiro.
"João Pinheiro provou que é muito pior árbitro do que pensa e do que pensam dele. Foi uma arbitragem de muito mau nível. Debast empurrou o Otamendi como o Benfica empurrou o Sporting na segunda parte. É um lance claro, óbvio e inequívoco. Podia perceber que João Pinheiro ficasse à espera do VAR, mas o VAR tem de ver e dizer. Tem clara interferência no jogo, é um penálti. Foi durante quase todo o jogo mandado por Hjulmand. As faltas aconteciam quando Hjulmand entendia que devia dar sinal ao árbitro para assinalar ou não falta. Passou o jogo todo a discutir e a dirigir o árbitro, foi uma espécie de quarto árbitro dentro de campo. Isso revela muito a personalidade de João Pinheiro. O Benfica teve 60 por cento de posse de bola e fez 24 faltas", atirou Nuno Magalhães.
"O Sporting fez 14. João Pinheiro conseguiu marcar uma falta num lance em que um jogador do Benfica ia isolar-se quando é falta de Maxi Araújo sobre Di María e não o contrário. Isso foi reiterado. Para o fim, o que me irritou ainda mais, é a diferença de critério no mesmo jogo. No início, à inglesa, com um critério largo, mais para um lado do que para outro, mas nos últimos 15 minutos não houve jogo porque, com medo de errar e do jogo e também do capitão Hjulmand, decidiu apitar tudo. Posso não concordar com o critério, mas quando é para os dois lados e até ao fim, tranquilo. Teve um critério adaptado ao jogo, a arbitragem teve influência", finalizou.
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