Filipe Miranda visa Boavista sustentável com infraestruturas renovadas

 Filipe Miranda, candidato às eleições do Boavista, no sábado, quer garantir a sustentabilidade de um clube da I Liga de futebol "transparente, credível, competitivo e socialmente reconhecido", acompanhada por uma reforma infraestrutural.

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Lusa
16/01/2025 09:14 ‧ 16/01/2025 por Lusa

Desporto

I Liga

"A dívida é de 95 milhões de euros (ME), mas já temos gente a trabalhar diretamente no terreno junto dos credores. Estou convicto de que, depois de ser eleito, poderemos ficar com as contas em dia e com quase tudo pago. Estou focado em solucionar os problemas no imediato, mas este processo é tão sensível e não se resolverá de um dia para o outro. Posso dizer que 75% das coisas está a ficar resolvido. Se calhar, falta eu ser presidente para sanar os outros 25%", estimou o gestor, de 46 anos, em entrevista à agência Lusa.

 

A lista "Boavista, num xadrez de novas conquistas" delineou 10 missões rumo ao triénio 2025-2027, a começar pela reestruturação dos recursos humanos, numa altura em que o clube portuense tem "quase quatro meses de salários em atraso" aos seus funcionários.

"Se a SAD não cumprir o protocolo que tem com o clube, este não consegue fazer face a alguns pressupostos. Estamos a falar de [pagamentos a] funcionários, Segurança Social ou Autoridade Tributária e de mais despesas. Com o Processo Especial de Revitalização (PER) pedido pela SAD, sabemos que a dívida ao clube é de cerca de três ME", indicou.

Apoiado por um patrocinador principal, o projeto de Filipe Miranda, antigo guarda-redes e capitão e atual diretor desportivo do futsal 'axadrezado', deseja dar melhores condições estruturais e estratégicas às modalidades amadoras, com a conquista de títulos na mira.

"Queremos manter todas as modalidades, mas com mais bases e ferramentas, para que seja atingido um patamar distinto. Mesmo que se faça muito com pouco, só assim vamos conseguir levar mais alto o nome do Boavista e, quiçá, adicionar algumas modalidades. Agora, isso só poderá acontecer quando tivermos a sustentabilidade garantida", afirmou.

O futebol feminino passará a ser gerido por uma SAD, suportada pelo acordo alcançado entre a lista de Filipe Miranda, opositor eleitoral do advogado Rui Garrido Pereira, e um fundo de investimento norte-americano, que permitiu recentemente o reforço do plantel.

"O investidor já começou o trabalho. À minha entrada [em função], é para constituir uma SAD, de forma que, no futuro, o clube também extraia dividendos e possamos colocar o futebol feminino no mais alto patamar e de volta aos tempos antigos. Precisamos que o Boavista dispute troféus", salientou, ciente de que um dos terceiros emblemas com mais títulos de campeão nacional (três) é último na Série Norte de permanência na II Divisão.

Além do futebol feminino, todos os escalões de formação vão regressar integralmente na próxima época ao complexo anexo ao Estádio do Bessa, usufruindo de um novo relvado sintético paralelo ao natural, na primeira etapa de construção de um centro de formação.

Segue-se a reconversão da Casa do Ténis numa estrutura de apoio às camadas jovens e a criação de um pavilhão para as modalidades, com o programa do gestor a prever ainda a reabertura do bingo 'axadrezado' e a potenciação infraestrutural do estádio num "palco de espetáculos", com relvado amovível e cobertura total para o acolhimento de eventos.

"Necessitamos da nossa formação, mas não podemos continuar a andar com os atletas espalhados por vários campos. Queremos centralizar tudo no Bessa e vamos começar a 'Operação Pavilhão'. Os bilhetes de jogo da equipa principal custam um valor e passarão a custar outro, com o remanescente a reverter automaticamente para esta obra", definiu.

Alienar património do Boavista "não passa pela cabeça" de Filipe Miranda, que ilustra a credibilidade e transparência prometidas com os passos encetados no futebol feminino e com a disponibilização de uma garantia de 910 mil euros à SAD, via presidente do clube, Vítor Murta, para desbloquear o impedimento de inscrição de novos futebolistas na FIFA.

"Não descer [à II Liga] é fundamental. Não sou treinador, mas precisamos de nos reforçar e, para tal, há que resolver os bloqueios. O valor para os libertar anda à volta dos 900 mil euros, mais 200 mil à Segurança Social e à Autoridade Tributária. Até à data, ainda não recebemos uma resposta. Se chegarmos ao final do mercado e isto não for resolvido por capricho, o [presidente da SAD] Fary Faye só tem um caminho: demitir-se", atirou, com o 18.º e último colocado da I Liga impedido de inscrever há cinco janelas de transferências.

O gestor admite que o clube "tem de caminhar em conjunto e estar sempre interligado" à sociedade gestora do futebol profissional do Boavista, da qual tem 10% do capital social.

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