Reestruturação financeira do Boavista guia projeto de Garrido Pereira

 A reestruturação financeira do Boavista norteia a candidatura de Rui Garrido Pereira às eleições do Boavista, no sábado, sendo complementada por medidas destinadas à identidade, pessoas e comunicação do clube da I Liga de futebol.

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Lusa
16/01/2025 09:15 ‧ 16/01/2025 por Lusa

Desporto

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"Existem quatro traves-mestras que atravessam o nosso plano e a segunda delas será o investimento. Bem antes de sermos candidatos, foi desenvolvido um plano económico racional, porque sabemos que passaremos por muitas adversidades e é preciso lidar no imediato com questões de curto prazo. Temos soluções para fazer face a isso e também para médio e longo prazo", disse o advogado, de 49 anos, em entrevista à agência Lusa.

 

Adversária eleitoral do gestor Filipe Miranda, a lista "Um Boavista, para Todos" prioriza a regularização salarial dos funcionários do clube portuense e garante estar suportada por investidores, rejeitando usar meios duvidosos ou alienar património num "reerguer difícil".

"As pessoas falam sempre sobre quem é o investidor, mas é preciso perceberem que eu nunca me apresentaria a estas eleições se não estivesse devidamente preparado para resolver as muitas questões que por aí vêm", reiterou, ciente da "maior responsabilidade, compromisso e capacidade" em diminuir dívidas "à volta dos 70 milhões de euros (ME)".

No pilar da identidade, o "projeto global" de Rui Garrido Pereira para o triénio 2025-2027 quer alargar o reconhecimento global da marca do Boavista e potenciar a modernização do complexo desportivo do Estádio do Bessa como um espaço de atração para eventos.

"Temos uma parceria com uma empresa de arquitetura, que tem previsto fazer alterações profundas no recinto, transformando-o numa verdadeira arena, e a nível comercial, tendo por base a conjuntura em que o Bessa se integra. Nada aqui é megalómano. O que há é um projeto ambicioso da nossa parte, que será desenvolvido por várias fases", explanou.

O eixo das pessoas augura a valorização de dirigentes, colaboradores, atletas e equipas técnicas do Boavista, trazendo, com a ajuda de uma empresa especializada em gestão desportiva, consultoria e profissionais capacitados para darem respostas aos problemas.

Rui Garrido Pereira pugna ainda por uma relação "próxima e aberta" com os boavisteiros, que permita resgatar antigos associados e proporcione a criação de uma aplicação e da televisão do clube, vendo no relançamento do futebol jovem o motor para a recuperação.

"Pretendo nos primeiros dias reunir com os responsáveis da Câmara Municipal do Porto e ver de que forma podemos cooperar e comunicar. Estou preocupado com a utilização dos campos do Inatel, até porque, devido à situação financeira, o clube foi perdendo horários disponíveis [para treinos] e isso tem de mudar. Será preciso criar as melhores condições possíveis para que toda a formação possa ter o seu desenvolvimento normal, sendo que, neste momento, é importante que esteja o mais perto possível do Bessa", fundamentou.

Confiando a direção dos escalões jovens a Litos, capitão da equipa campeã nacional em 2000/01 e mandatário da candidatura, o advogado propõe a construção de um centro de alto rendimento a médio prazo e o Fundo Gerações, de suporte à formação 'axadrezada'.

"A base deste projeto desportivo é o desenvolvimento de ativos, que possam competir e trazer mais-valias à equipa principal e ser eventualmente transferidos com retorno para o clube e a SAD", indicou, sem esquecer a dinamização do futebol feminino, a auscultação das outras modalidades ou a aposta em desportos emergentes e no regresso do xadrez.

Rui Garrido Pereira espera normalizar uma "relação frontal, imediata e mais estável" com a SAD, que gere o futebol profissional do Boavista e tem 10% do capital social na posse do clube, tentando saber de imediato os planos da administração para o resto da época.

"Estou disponível para ajudar a SAD e, se for necessário, até numa perspetiva financeira, mas, como é óbvio, tem de ser a pedido dela. O presidente do clube não tem de chegar à SAD e impor as suas regras. Isso nunca foi a nossa ideia. Queremos interagir e perceber como podemos melhorar. Quanto melhor estiver a SAD, melhor está o clube", observou.

Mais do que pensar em reforçar a posição do clube na sociedade, o advogado ambiciona acelerar este mês a resolução do impedimento de inscrição de novos futebolistas ditado pela FIFA ao 18.º e último colocado da I Liga há cinco janelas de transferências seguidas.

"Acredito que estejam a trabalhar e a tratar das soluções, até porque a situação é séria e grave. A manutenção do Boavista é determinante e é fundamental que a SAD consiga ir ao mercado. O clube estará cá para ajudar no que for possível e lhe for pedido", reiterou.

 

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