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Não basta ser favorito, é preciso parecer. Notas do Bodo/Glimt-FC Porto

Kasper Hogh e Jens Hauge foram os propulsores do terror norueguês que os dragões enfrentaram.

Bodo/Glimt-FC Porto

© Getty Images

Filipe Carmo
26/09/2024 08:00 ‧ 26/09/2024 por Filipe Carmo

Desporto

Análise

A derrota do FC Porto diante do Bodo/Glimt por 3-2, esta terça-feira, na Noruega, ficou marcada por uma 'montanha russa' de emoções. Os dragões começaram e terminaram o jogo a marcar, mas pelo meio viram-se a contas com as peripécias criadas por Hauge e Hogh. Os nomes são parecidos, e os estragos causados por ambos também.

 

O golo madrugador de Samu, aos oito minutos, enganou os adeptos azuis e brancos em relação ao que seria o resto do encontro. Aos 15', Kasper Hogh deixava o primeiro aviso, com o 1-1, e aos 40' começa a ser desenhada a derrota do FC Porto, com Jens Hauge em grande destaque.

A segunda parte até começou bem para o FC Porto, que passou a jogar com mais um após a expulsão de Isak Maatta, por simulação, mas uma vez mais a equipa portuguesa foi surpreendida. Dez minutos depois acontecia novo golo, mas para o Bodo/Glimt.

Vítor Bruno lançou quatro jogadores vindos do banco e, apesar da frescura registada, já não houve tempo para uma nova volta ao marcador. Deniz Gul teve tempo para se estrear a marcar aos 90' (3-2), mas não havia volta a dar: o FC Porto entrou a perder na Liga Europa.

Recordado o filme do jogo, vamos então às notas de uma noite gelada para a equipa azul e branca. 

Figura

É muito provável que Vítor Bruno tenha tido pesadelos com Jens Hauge esta noite. Numa altura em que a aposta em jogadores nórdicos tem dado resultados no futebol português, não admiraria ver o avançado de 24 anos a dar que falar em terras lusas no futuro próximo. Caso se tenha esquecido, importa recordar que este jovem que agora está na Noruega já passou pelo AC Milan e pelo Eintracht Frankfurt.

Surpresa

Foi chegar, estrear e marcar. Deniz Gul fez os primeiros minutos de dragão ao peito e foi a tempo de ajudar a salvar, em parte, a honra do FC Porto. Fica a impressão de que devia ter entrado mais cedo.

Desilusão

Gonçalo Borges inventou demasiado em momentos que exigiam praticidade. Os remates sairam mal enquadrados e nem a assistir esteve particularmente inspirado.

Treinadores

Kjetil Knutsen

Se um alien aterrasse no planeta Terra, teria grandes dificuldades em acreditar que o FC Porto era o grande favorito para este jogo. O treinador norueguês jogou de frente com o adversário e nunca se desviou do plano de jogo. Não há dúvidas de que o primeiro lugar isolado no campeonato é merecido.

Vítor Bruno

Começou o jogo sem Alan Varela, Pepê e Galeno e pagou caras estas opções surpreendentes. Ao intervalo, quando estava a perder pela primeira vez no encontro, podia ter aproveitado para mexer na equipa, o que só fez ao minuto 60 e, depois, ao minuto 69.

Árbitro

Orel Grinfeld não hesitou em expulsar Maata (e bem) e passou despercebido num jogo interessante e animado.

Leia Também: Balde de 'Hauge' gelada. FC Porto tomba na Noruega e perde na Liga Europa

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