Rui Vitória, atual selecionador do Egito, concedeu esta segunda-feira uma extensa entrevista à Antena 1, na qual recordou a passagem pelo Benfica, entre 2015 e 2018, onde conquistou dois campeonatos.
A comandar a formação egípcia no Campeonato Africano das Nações, o técnico ribatejano lamentou a falta de reconhecimento que teve por esses feitos.
"Os números vão falando por si. Não preciso de ser eu a dizer as coisas em relação a mim. Logo no meu primeiro ano em Paços de Ferreira chegámos a uma final da Taça da Liga. No Spartak Moscovo apurámo-nos em primeiro lugar num grupo da Liga Europa em que apanhámos equipas como o Napoli e o Leicester. Se aliarmos a isso um conjunto de jogadores que tive o privilégio de treinar e ajudar a que melhorassem as suas vidas é evidente que, mesmo que digam ou não digam, eu sinta confiança para dizer que temos feito um bom trabalho. Agora, não me oriento por isto nem me perturbo com nada. O futebol é o que é. Há quem seja mais valorizado com menos conquistas, mas isto é a vida. Não dramatizo nada em relação a isso", começou por dizer Rui Vitória.
"Benfica? Foi um capítulo que foi lindíssimo e interessante, mas que terminou. Nada mais há a dizer sobre isso", prosseguiu.
Rui Vitória disse ainda ser muito difícil regressar a Portugal, onde já orientou o Benfica, o Paços de Ferreira e Vitória SC no campeonato português.
"Talvez seja difícil, mas nunca sabemos. Quando saí do Benfica se calhar não imaginava ir para a Arábia e, passado uma semana, estava na Arábia. Depois vou para a Rússia, depois venho para África. O mundo do futebol hoje está tão global que temos de estar abertos a tudo. Nesta altura não me está a passar pela cabeça o regresso imediato", frisou.
"O campeonato para já está muito interessante. As três equipas mais próximas estão a disputar bem aquele primeiro lugar, mas o que me tem chamado muito a atenção é que de facto as equipas pequenas vão tendo uma ideia de jogo de qualidade e em quase todas vou vendo jogadores com potencial", finalizou.
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