O Sporting vai entrar no ano civil de 2024 na liderança isolada da I Liga, graças ao triunfo conquistado na deslocação ao terreno do Portimonense, por 1-2, numa partida em que chegou, no entanto, a temer-se um eventual 'deslize'.
Os leões instalaram-se, desde o primeiro instante, no meio-campo ofensivo, perante um adversário de 'autocarro' estacionado em frente à baliza, mas tardou em demasia a encontrar caminhos para contornar tamanha dificuldade.
Bola para um lado, bola para o outro, cruzamento para a área... e alívio. Esta foi, de forma muito resumida, a realidade que se viu da parte dos leões, no primeiro tempo, tendo as únicas exceções sido um remate de Guga, após erro de Antonio Adán, e outros dois de Carlinhos.
No segundo tempo, a linha cronológica foi bem mais diversa, ainda que com um 'desvio' que se vai tornando cada vez mais habitual. Aos 59 minutos, Viktor Gyokeres (sempre ele) recebeu um passe soberbo de Pedro Gonçalves, e atirou a bola para o fundo das redes.
Os leões dispuseram, daí em diante, de diversas oportunidades para marcar, sobretudo, por intermédio de Paulinho, que, no entanto, somou desperdício atrás de desperdício... até que os algarvios repuseram a igualdade, graças a um cabeceamento certeiro de Filipe Relvas.
Foi então que, aos 80 minutos, Paulinho conseguiu, finalmente, redimir-se, e, com um 'golpe de magia', rematou de calcanhar, após cruzamento rasteiro de Hidemasa Morita, que ainda desviou em Alemão antes de 'trair' Vinicius Silvestre.
Feitas as contas, com este triunfo, o Sporting, líder isolado, passa a somar 37 pontos, mais um do que o segundo classificado, o Benfica, e mais três do que o terceiro, o FC Porto. Já o Portimonense, mora na 15.ª posição, com 15 pontos cabo de tantas outras jornadas.
Figura
Viktor Gyokeres é, sem sombra de dúvidas, uma força da natureza. Mesmo constantemente 'apertado' por Pedrão e Alemão, o internacional sueco fez de tudo para encontrar espaços para jogar, e, quando nada parecia ser suficiente para desfazer a resistência do Portimonense, surgiu a desviar para o golo que abriu o caminho para a vitória.
Surpresa
Eduardo Quaresma continua a somar pontos nas contas de Rúben Amorim. Desta feita, entrou ao intervalo, para o lugar do 'amarelado' Luís Neto, e negou um golo quase certo ao Portimonense, aos 78 minutos, quando foi ao relvado 'roubar' a bola a Hélio Varela, que estava isolado em frente a Antonio Adán.
Desilusão
Se é verdade que o Portimonense pouco fez para evitar a derrota, também o é que, com mais eficácia... até podia ter vencido. Já no segundo tempo, Hélio Varela surgiu completamente isolado em frente à baliza, por duas vezes, mas, primeiro, deixou-se antecipar por Eduardo Quaresma, e, depois, atirou para defesa de Antonio Adán.
Treinadores
Paulo Sérgio: O Portimonense apresentou-se em campo assente num esquema de três centrais, com foco único em preservar o nulo na baliza. Sem quase nunca procurar sair para o ataque, a equipa da casa surgiu, muitas vezes, com os onzes jogadores atrás da linha da bola, e pouco fez para justificar outro tipo de resultado.
Rúben Amorim: Perante um autêntica 'muralha', pedia-se um Sporting com um extra de criatividade, talvez, com Daniel Bragança em campo, à procura de linhas de passe. No entanto, pelo contrário, assistimos a uma equipa que, especialmente na primeira parte, pouco mais fez a não ser cruzar bolas para a grande área, complicando a vida a si mesma.
Árbitro
Noite tranquila para Manuel Oliveira, que, tirando um ou outro excesso de zelo na marcação de faltas, deixou Portimão com nota positiva. O principal lance de discussão foi mesmo o do segundo golo do Sporting, visto que nasce de um pontapé de baliza, no qual deveria ter sido assinalado pontapé de canto para o Nacional, por intervenção de Eduardo Quaresma.
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