Philipp Lahm fez, esta quinta-feira, uso do espaço de opinião que assina no jornal britânico The Guardian para apontar o dedo à Federação Alemã de Futebol (DFB) pelo ordenado que se comprometeu a pagar ao novo selecionador, Julian Nagelsmann.
Na opinião do antigo internacional germânico, o organismo "devia afastar-se dos excessos salariais no futebol de clubes e aproximar o desporto do centro da sociedade", algo que, lamenta, continua a recusar fazer.
"Diz-se que Hansi Flick auferia 6,5 milhões de euros por ano enquanto estava no comando da Alemanha. Já de Nagelsmann, diz-se que recebe 4,8 milhões de euros por ano por fazer o mesmo trabalho", começou por escrever o ex-capitão do Bayern Munique.
"Isso não é positivo, é demasiado dinheiro. Não podemos fazer nada quanto à dinâmica económica dos clubes que competem pelos melhores jogadores e treinadores, mas as Federações como a DBF não deveriam alinhar nestes excessos salariais", prosseguiu.
"Não é necessário pagar mais de dois milhões de euros por ano. Desde logo, pelo facto de haverem apenas dez a 15 jogos internacionais por ano. Num clube de topo, é o triplo ou o quádruplo. E, entre jogos, um selecionador nacional não está em campo durante quatro ou seis semanas", rematou.
Leia Também: "Não fui eu que despedi Nagelsmann. Não foi uma atitude inteligente"