Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, criticou a arbitragem do Clássico da passada sexta-feira, que culminou com a derrota dos azuis e brancos com o Benfica (1-0). O dirigente portista diz concordar com o vermelho mostrado a Fábio Cardoso, mas recordou um caso da última época que teve um desfecho distinto.
"Todos aceitámos a expulsão do Fábio Cardoso, mas também aceitámos que o Otamendi tinha de ser expulso na época passada em Vizela num jogo decisivo para o título. Isto tem de ser explicado e foi pedida a audiência, mas a explicação tem de ser para toda a comunidade e não só para o FC Porto. Ninguém está a dizer que é propositado, mas estão a acontecer demasiados erros", afirmou Francisco J. Marques, em declarações no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, antes de falar da arbitragem do Farense-Sporting.
"O que aconteceu no Algarve é inusitado. A expulsão é errada, o médio dinamarquês do Sporting tinha que ter visto o segundo amarelo e, depois, marcar aquele penálti que é um mergulho que o Sporting devia fazer um comunicado como fez com o Taremi. É adulterar a verdade desportiva", acrescentou, apontado o dedo a Luís Godinho.
"Luís Godinho foi apitar à Arábia Saudita, ganhar entre 3.000 e 7.500 euros na sequência do jogo da Supertaça. Pelos vistos tem problemas em expulsar jogadores do Benfica. Até hoje apitou 23 jogos do FC Porto, 23 do Benfica e 22 do Sporting. Expulsou três jogadores do Sporting; sete do FC Porto, três por duplo amarelo e quatro por vermelho direto, entre eles os célebres ao Danilo Pereira e ao Luis Díaz. E do Benfica, quantos expulsou? Zero. Nem sequer por duplos amarelos. Podemos dizer que não houve situações? Ai não? Lembram-se do FC Porto-Benfica em que o Pizzi e o Nuno Tavares... o Vertonghen tinham de ir para rua? E na Supertaça deste ano, o João Neves. Há um preconceito com o FC Porto, há um à-vontade e tolerância com o Benfica", frisou o dirigente.
Francisco J. Marques explicou ainda as razões que levaram o FC Porto a pedir uma reunião com o Conselho de Arbitragem da FPF.
"Em Faro houve falha muito grave de Luís Godinho e do VAR Manuel Mota. Este início de campeonato está a ter as piores sete jornadas de que tenho memória na arbitragem. Todas as jornadas, em mais do que um jogo, há erros muito graves, é preciso analisar e agir. Não podemos correr o risco de ter uma época toda desta forma. Todos nós compreendemos que o erro faz parte do jogo, como erro do avançado ou do guarda-redes. Não pode haver é tantos erros e diferenças de critérios", finalizou.
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