Análise: "É a prova, acima de tudo, que jogamos e competimos para ganhar. Não há equipa que ganhe ou perca sempre. Acho que estes resultados vão acontecer com mais frequência. Começámos a perder, conseguimos dar a volta, depois veio o empate, num lance em que facilmente podíamos ter entrado em frustração, e conseguimos reagir. Esta equipa tem crescido na forma como encara os jogos. O que se passou em França [derrota por 2-0, na sexta-feira] e hoje é sinal de crescimento."
Crescimento: "[Mas] O maior crescimento é na forma como as outras equipas olham para Portugal. A França foi a primeira vez que jogou em 4x4x2, claramente para encaixar na nossa equipa, e a Noruega, que é uma equipa dominadora e com um historial incrível no contexto internacional, baixou as linhas e não nos pressionou tão alto, deixou-nos livre na nossa zona de construção. Isso é sinal de respeito. Antigamente, dificilmente conseguiríamos fazer dois bons jogos num curto espaço de tempo, é sinal da qualidade das nossas jogadoras e também do trabalho que fazem nos seus clubes."
Objetivos: "O primeiro objetivo é não descer de divisão [na Liga das Nações], porque, não sendo decisivo, pode ter um peso muito grande no apuramento para o Campeonato da Europa. Depois, queremos chegar a dezembro, quando recebermos a França, a depender só de nós, sabendo que é um objetivo difícil e ambicioso."
Melhorias: "Nós, os selecionadores, queixamo-nos de que temos pouco tempo para trabalhar e a grande vantagem de ir às fases finais é essa mesma, ter muito tempo com as jogadoras, o que permite trabalhar as dinâmicas. Tivemos essa felicidade no Europeu de 2022 e no Mundial de 2023 e isso permitiu melhorar a ideia de jogo, e, quando temos as competições com menos tempo de trabalho, facilita as jogadoras irem buscar essas ideias e dinâmicas."
Futuro: "Estamos a criar referências em Portugal e elas têm consciência disso. É incrível ver o número de crianças hoje aqui, rapazes e raparigas que vêm ao estádio para as ver jogar e que se identificam com elas. Isso cria responsabilidade e há de haver algum erro no caminho porque todos erramos, é tudo novo para nós. Felizmente, estamos numa instituição que nos ajuda e apoia e nos dá todas as condições e nos permite errar de forma sustentável."
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