César Peixoto recorreu, na tarde desta terça-feira, às redes sociais para deixar uma mensagem de despedida a Marinho Peres, treinador brasileiro que morreu ontem, tal como informou a família. Peixoto recorda que foi lançado por Marinho Peres e garante que será sempre uma inspiração.
"Hoje, o mundo do futebol fica mais pobre. Despedimo-nos de Marinho Peres, uma figura que marcou todos aqueles que tiveram o privilégio de cruzar o seu caminho. Há mais de vinte anos, depositou em mim uma confiança inabalável quando me lançou na I Liga, uma oportunidade que marcou para sempre a minha carreira. Marinho não era apenas um treinador, era um visionário, alguém que via o potencial onde outros não viam", começou por escrever César Peixoto, prosseguindo.
"Recordo-me das longas conversas, dos treinos meticulosos, das palavras que me incutiam força e coragem. Com ele, aprendi mais do que tácticas ou técnicas futebolísticas; aprendi sobre determinação, paixão e a importância de nunca desistir dos nossos sonhos. Como treinador, é em Marinho que encontro inspiração, dentro e fora das quatro linhas. Mister, um sincero obrigado por tudo. O céu hoje recebe mais um talento do futebol. Que descanses em paz, pois deixarás um legado que irá perdurar durante gerações", concluiu o agora treinador português.
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Enquanto jogador, Marinho Peres, que nasceu em 19 de março de 1947 em Sorocaba, São Paulo, representou no Brasil clubes como o Portuguesa, Santos, Internacional ou Palmeiras.
Na Europa, o defesa representou o Barcelona nas temporadas 1974/1975 e 1975/1976.
Internacional pelo Brasil, Marinho Peres competiu num Campeonato do Mundo de futebol, no Alemanha 1974, onde os 'canarinhos' alcançaram o 4.º lugar.
Na sua carreira como treinador conta com várias passagens em Portugal, onde se estreou em 1986/1987, ao serviço do Vitória de Guimarães, que representaria também em 1992/1993.
Orientou ainda o Belenenses, entre 1987 e 1989, ano em que conquistou uma Taça de Portugal e, mais tarde, entre 2000 e 2003.
Foi também treinador do Sporting, entre 1990 e 1992, e do Marítimo, na temporada 1996/1997.
O técnico, que treinou até 2009, orientando em Angola o Atlético Sport Aviação, representou ainda clubes brasileiros como o Santos ou Botafogo e a seleção de El Salvador.
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