Ao contrário da posição da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em torno de um "ambiente seguro", um grupo que compõe a seleção feminina espanhola reagiu, esta segunda-feira, à mais recente convocatória de Montse Tomé - sucessora do despedido Jorge Vilda -, após terem vincado que não jogariam até que fossem feitas alterações na estrutura do organismo que tutela o futebol espanhol.
Sem contar com Jenni Hermoso, após o polémico beijo de Luis Rubiales - presidente que entretanto se demitiu - nos festejos do Mundial feminino, a nova selecionadora convocou algumas das jogadoras que tinham assinado uma carta a fazer exigências junto da RFEF e motivou uma rápida reação das jogadoras em comunicado.
"Nos dias seguintes a essa declaração, queremos dar a conhecer ao público que nada de diferente foi transmitido a nenhum membro da RFEF, pelo que solicitamos expressamente que a informação transmitida publicamente seja rigorosa", pode ler-se.
O grupo de futebolistas garante ainda que estudará "as possíveis consequências jurídicas" sujeitas pela Federação espanhola.
Confira o comunicado na íntegra:
“As jogadoras da seleção sénior feminina de futebol pretendem afirmar, na sequência da convocatória e posterior conferência de imprensa da nova treinadora da seleção nacional, Montse Tomé, o seguinte: O que foi expresso no nosso comunicado de 22 de setembro de 2023, deixa claro e sem possibilidade de outra interpretação o nosso escritório não será convocado por motivos justificados, permanecendo estas declarações plenamente válidas.
Nos dias seguintes a essa declaração, queremos dar a conhecer ao público que nada de diferente foi transmitido a nenhum membro da RFEF, pelo que solicitamos expressamente que a informação transmitida publicamente seja rigorosa.
Como jogadoras profissionais de elite e depois de tudo o que hoje aconteceu, estudaremos as possíveis consequências jurídicas a que a RFEF nos expõe, colocando-nos numa lista da qual havíamos pedido para não sermos chamados por motivos já explicados publicamente e com mais detalhes. à RFEF, e com isso tomar a melhor decisão para o nosso futuro e para a nossa saúde.
Parece-nos relevante salientar, nesse sentido, que a convocação não foi realizada em tempo hábil, nos termos do art. 3.2 do Anexo I do Regulamento sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores FIFA, pelo que entendemos que a RFEF não está em condições de exigir que o façamos. "Lamentamos mais uma vez que a nossa Federação nos coloque numa situação que nunca teríamos desejado."
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