"É uma competição nova, com apenas seis jogos e margem de erro muito reduzida. Todos os jogos terão de ser encarados como finais. (...) Queremos chegar às últimas jornadas a depender só de nós, para poder fazer as tais gracinhas", assinalou Francisco Neto, em conferência de imprensa realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras.
O treinador alimenta o "sonho de chegar à 'final four'", mas não esquece o objetivo principal para a primeira edição da competição, que passa pela manutenção na Liga A, até porque isso "terá implicações no apuramento para o Campeonato da Europa".
Portugal vai estrear-se frente à França, em 22 de setembro, em Valenciennes, recebendo em 26 a Noruega, em Barcelos, nas duas primeiras jornadas do Grupo 2, que integra também a Áustria, seleções que estão à frente da portuguesa no ranking da FIFA.
"A França é superpoderosa, individual e coletivamente. É uma equipa altamente dominadora, que foi eliminada nos quartos de final do Campeonato do Mundo, nas grandes penalidades, e era apontada como forte candidata a lutar pelas medalhas", observou.
Francisco Neto lembrou que a Noruega também esteve presente no Mundial, no qual foi eliminada nos oitavos de final, tendo mudado recentemente de selecionador, o que deverá significar "novas ideias e dinâmicas", apesar de a convocatória "não ter muitas alterações em relação ao Mundial".
"Serão dois jogos muito complicados", reconheceu o técnico português, esperando recuperar "o mesmo espírito de entreajuda, capacidade de sacrifício e competência" evidenciados durante o Mundial2023: "Muitas dessas coisas terão de aparecer", assinalou.
Entre julho e agosto, Portugal participou pela primeira vez no torneio, terminando no terceiro lugar do grupo E, depois de ter perdido por 1-0 com os Países Baixos, que eram as vice-campeãs mundiais em exercício, vencido por 2-0 o Vietname, e empatado 0-0 com os Estados Unidos, vencedoras das duas edições anteriores.
Do lote de 23 eleitas para a fase final do Mundial, apenas a guarda-redes Rute Costa, a defesa Sílvia Rebelo e as avançadas Carolina Mendes e Jéssica Silva ficarão de fora do arranque da Liga das Nações, numa "mensagem de que o grupo nunca foi fechado, nem nunca será".
"Estamos atentos a todas as jogadoras que possam contribuir. (...) Sentimos que era o momento, na mudança de ciclo, de poder fazer algumas alterações, o que não quer dizer que as jogadoras que agora não estão presentes não voltem.", explicou.
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