Roberto Mancini demitiu-se há uns dias do cargo de selecionador de Itália. Esta terça-feira, num comunicado divulgado pela imprensa transalpina, o treinador revelou que Gabriele Gravina, presidente da Federação italiana, foi o grande responsável pela sua demissão.
"Não fugi para lado nenhum, não matei ninguém. Não mereço tudo o que têm dito sobre mim. Mereço respeito. E a Arábia Saudita não tem nada a ver com isto, absolutamente nada. Disse-lhe [a Gravina] que precisava de tranquilidade. Ele não me quis dar, então demiti-me", começou por revelar Roberto Mancini, citado pelo jornal Corriere dello Sport.
"Alguém viu, alguma vez, um presidente de uma federação a mudar a equipa técnica do seu selecionador? Ele já o queria fazer há um ano. Disse-lhe que não podia e ele aproveitou o facto de algum deles estarem a terminar contrato. Ele já pensava coisas opostas às minhas há algum tempo, então acabou por sobrar para mim", prosseguiu o treinador italiano.
"Não eliminaram a cláusula que terminava o meu contrato caso não garantíssemos a qualificação para o próximo Europeu. No dia 7 de agosto, fiz chegar a Gravina uma mensagem da minha representante, a minha mulher, a pedir para eliminarem essa cláusula, avisando que se não o fizessem, iria demitir-me", revelou ainda Mancini.
Nas últimas horas, a imprensa italiana tem avançado que Roberto Mancini pode rumar à Arábia Saudita e assumir o cargo de selecionador. O treinador transalpino, de 58 anos, assume que foi abordado, mas que a sua demissão não tem a ver com essa proposta.
"Não vou negar que haja interesse, mas são duas situações independentes e agora não quero pensar em nada", finalizou.
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