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Sobre terra arrasada se galopou para o título: Notas do Benfica-Sta Clara

Na hora decisiva, as águias não deram hipótese aos açorianos, já despromovidos e sem qualquer tipo de motivação para um jogo que, do outro lado, valia ouro.

Sobre terra arrasada se galopou para o título: Notas do Benfica-Sta Clara
Notícias ao Minuto

07:29 - 28/05/23 por Tiago Antunes

Desporto Análise

Quatro anos depois, o Benfica voltou a erguer o troféu de campeão nacional. As águias fizeram a festa desde a tarde de sábado até à madrugada de domingo, mesmo que sabendo que havia mais uma equipa na corrida.

O que acontecia no Dragão ao FC Porto não deixou os benfiquistas minimamente preocupados, até porque Gonçalo Ramos não deu qualquer tipo de hipótese ao rival quando marcou ao minuto sete. Taremi ainda lhe fez frente ao marcar no Dragão no minuto seguinte, mas nada estragou a festa encarnada na Luz, que aumentou de tom quando Rafa Silva marcou num contra-ataque minutos antes do intervalo.

Na segunda parte, aquilo que estava confirmado só ganhou mais certezas. O título já não escapava de forma alguma ao Benfica, que ainda chegou ao terceiro golo. Uma mão de Adriano na grande área levou Grimaldo ao último golo pelos encarnados. Gabriel Batista ainda se esforçou para defender, tocou na bola, mas não foi capaz e desviar a sua trajetória. A Luz sentiu um misto de emoções, começando com alguns apupos ao espanhol e acabando por prendá-lo com uma grande ovação, a última a Grimaldo com as cores do Benfica.

Caiu o pano da I Liga com campeão encontrado. O Benfica é campeão nacional pela 38.ª vez na história. 

Posto isto, vamos às notas do jogo.

A figura

Rafa Silva foi o elo mais forte do encontro. Ao lado de Gonçalo Ramos, o avançado conseguiu ser uma seta apontada à baliza de Gabriel Batista durante todo o jogo. Não concretizou todas as oportunidades de golo que teve, mas deixou o seu nome na lista de marcadores e foi importante na manobra ofensiva. O golo que marcou, o segundo do encontro, foi totalmente desenhado pelo próprio.

A surpresa

João Neves vai deixando de ser uma surpresa. O jovem médio voltou a ser muito assertivo dentro do campo, algo que não aconteceu a partir do apito inicial. O médio tentou acompanhar a restante equipa, mas teve alguns picos de indecisão, o que levou as bancadas a Luz a desconfiarem da sua exibição por meros segundos. No entanto, o trabalho no meio campo ofensivo e a classe no toque da bola encantaram os adeptos, que não deixaram o jovem médio receber a medalha de campeão sem um enorme aplauso.

A desilusão

Adriano teve culpas no cartório. Fora o último golo do jogo, de grande penalidade, que surgiu depois de uma mão, o médio ficou marcado pela negativa ao não conseguir fechar o meio campo quando era necessário. João Neves e Aursnes tiveram demasiadas facilidades em juntarem-se ao ataque ao ultrapassarem a linha média dos açorianos, muito por culpa de Adriano, que não teve mãos para segurar o adversário na hora devida.

Os treinadores

Roger Schmidt

Depois do empate no dérbi contra o Sporting, garantiu que se mantinha confiante na conquista do título nacional. Conseguiu confirmá-lo na última jornada, meses depois de terem sido emitidos os primeiros avisos de possível novo campeão. O Benfica entrou a todo o gás na época e o trabalho de Schmidt e da sua equipa técnica acabaram por resultar num título nacional, o primeiro em quatro anos para o Benfica. Frente ao Santa Clara, a equipa entrou à sua imagem, não assumiu qualquer tipo de pressão e terminou o dia em festa e já com pedidos de novo título na próxima temporada.

Danildo Accioly

Por terra arrasada como o Santa Clara parece fácil passar. A equipa açoriana não se deu como derrotada, mas sabia que estragar a festa do título ao líder seria tarefa praticamente impossível. Desde o primeiro minuto que o Santa Clara apertou o Benfica, propondo-se ao jogo com uma pressão alta e com uma aposta no contra-ataque. A ideia acabou por falhar, muito por culpa da força do jogo do Benfica, que só foi crescendo com o passar do tempo. Já despromovido e sem motivação para fazer melhor, foi o Santa Clara possível na Luz.

O árbitro

Rui Costa teve uma partida fácil de arbitrar. Sem casos, sem confusões ou polémicas, a única grande decisão foi mesmo da grande penalidade, bem assinalada por mão na grande área.

Leia Também: Marquês, Marquês, festa à vista. Benfica é o novo campeão nacional

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