Edgardo Lasalvia concedeu, esta sexta-feira, uma extensa entrevista ao programa 'Fuera de Juego', emitido pela rádio uruguaia Carve Deportiva, na qual assumiu ter ficado magoado com Darwin Núñez, jogador que representou até à saída do Benfica para o Liverpool.
O empresário revelou que só tomou conhecimento de que este já tinha optado pelos reds quando o viu "com seis guarda-costas", no aeroporto, acabando por ignorar um funcionário que o próprio chamou para o ir buscar.
"Aí, tentei ligar-lhe, e, através de uma mensagem de Whatsapp, disse que gostava muito de mim, que ia ser meu amigo para sempre, blá, blá, blá, mas que ia começar um novo caminho com outra empresa e bloqueou-me. Não tive direito a resposta", começou por afirmar.
"Não tenho contrato com os jogadores, poucas vezes os assino, parece-me que a palavra vale mais. Digo-lhes 'Quem se quiser ir embora, que vá já'. Chegam lá acima depois de lhes ter dado tudo, de ter pago as operações, de ter discutido com os médicos... Toda a gente sabe aquilo que eu fiz", prosseguiu.
"Cada um escolhe como quer viver a vida. Agora, têm um filho, mas há karma e tudo volta. Têm de ser boas pessoas e ter memória. Se não tens memória, ou foste mal educado pelos teus pais, ou não aprendeste. Se me dizes 'Vamos com Jorge Mendes', eu digo 'Vamos com Jorge Mendes e tiramos uma fotografia juntos", completou.
O agente explicou, ainda, quando se apercebeu do que estava a acontecer: "Quando ele estava no Benfica, fizeram um trabalho de formiguinha, começaram a fazer-lhe a cabeça. É a primeira vez que falo disto. Eu não podia ir dez vezes por ano a Portugal. Às vezes, não ir faz-te distanciar ou não ver o que se passa, e, depois, a bomba explode-te na cara".
"É uma luta. Oferecem aos meus jogadores o último iPhone, um carro... Não fui buscar nenhum dos meus jogadores a ninguém. Há uma prostituição no mundo do futebol. Já me enervei mais. Enervei-me quando perdi o Darwin. Fiquei destroçado, porque adoro o rapaz, mas percebi que é um negócio", rematou.
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