O Manchester United-Fulham ficou marcado pelas expulsões de Willian, Mitrovic e Marco Silva. Nesta segunda-feira, a atitude do lado dos cottagers foi alvo de críticas na imprensa inglesa.

Oliver Holt, cronista do Daily Mail, arrasou a atitude do avançado sérvio e do técnico luso e apontou nomes que têm promovido a agressividade no futebol.

"Uma ortodoxia foi autorizada a florescer no futebol nos últimos anos de que a raiva é boa. O campeão é Roy Keane, que sempre se chateou como jogador e como comentador. (...) Quando Graham Potter não se irritou e não gritou quando a sua equipa não teve um penálti assinalado frente ao West Ham, como os olhos dele não ficaram arregalados e as veias não ficaram salientes, ele acabou criticado por vários analistas pela falta de raiva", começou por dizer na sua crónica desta segunda-feira.

"Está na moda perder a paciência no futebol. Mikel Arteta corre para a frente e para trás como um homem irritado, José Mourinho foi expulso pela terceira vez na época. Muitos deveriam estar agradecidos a Marco Silva e Mitrovic pela forma como se comportaram. Devíamos estar agradecidos pela forma como pareceram feios, patéticos e estúpidos", disse ainda.

Holt foi mais longe e falou ainda sobre um mito da raiva e alargou-se nas críticas a Marco Silva.

"Por causa de Marco Silva e Mitrovic e da forma como se comportaram e pelo castigo que se avizinha, explodiu o mito da raiva. Raiva não é boa, irritaram-se e pareciam irracionais, pequenos, idiotas. Talvez tenhamos uma dívida com eles por exibirem sua feiura numa noite de domingo diante de uma grande audiência de crianças e adultos na televisão", atirou.

Na opinião do cronista, Mitrovic não devia contar mais para Marco Silva nesta temporada.

"A solução é óbvia. Mitrovic não devia voltar a jogar nesta temporada e, se isso acontecer, deve se considerar sortudo por a punição ser tão branda. O que Mitrovic fez e a maneira como o fez é o tipo de comportamento que leva um árbitro a ser agredido fisicamente num jogo de formação. É o tipo de comportamento que faz as crianças e os jogadores menos importantes pensarem que não há problema em ameaçar um árbitro", concluiu.

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