O português, que ainda tem contrato com o Petro de Luanda, manifestou-se regozijado por ver o seu trabalho reconhecido à frente dos campeões angolanos.
"É sempre positivo quando nós percebemos que aquilo que estamos a fazer no Petro, e aquilo que temos conseguido ao longo deste ano e meio, é alvo de manifestações de interesse, e têm acontecido algumas, simplesmente porque o que temos feito e o que temos conseguido é, efetivamente, visível, não só dentro de Angola, mas principalmente fora de Angola e, às vezes até, mais fora de Angola. Há claramente a sensação e a realidade de haver clubes que estão atentos ao nosso trabalho" garantiu.
Na época passada da Liga dos Clubes Campeões Africanos, Alexandre Santos levou os angolanos do Petro de Luanda a alcançarem uma presença inédita nas meias-finais, fase em que foram eliminados precisamente pelo Wydad.
Para a próxima época, que arranca em fevereiro, o treinador português diz sonhar com a conquista do título africano.
"O sonho comanda a vida, e como tal, tenho a grande ambição de fazer do Petro ainda maior, mas sabendo que isso é extraordinariamente difícil e eu como treinador não posso deixar de ser racional e ter os pés assentes no chão. Mas, sendo ambicioso e querendo ganhar mais do que qualquer um, na verdade encontrei um grupo de jogadores que sonha com isso", revelou.
Quanto ao Girabola, Alexandre Santos disse que o balanço é positivo, pois o Petro de Luanda terminou a primeira volta à frente dos demais adversários.
"Podemos fazer um balanço positivo, acabámos a primeira volta do Girabola em primeiro, com alguns pontos de distância para os outros, o que é sempre positivo, não é suficiente para pensarmos que vamos conseguir o objetivo, mas é motivador e no fundo dá-nos alento para continuarmos a trabalhar", declarou.
O português admitiu ainda que a segunda volta do Girabola vai ser difícil.
"Vamos ter uma segunda volta muito difícil. Estamos com mais dificuldades de ultrapassar os adversários que já nos conhecem, mas temo-nos reinventado e temos conseguido novas formas de desequilibrá-los e chegarmos ao nosso objetivo que é sempre a vitória", garantiu.
Relativamente a reforços, o técnico disse esperar pela rápida recuperação de Depu e adaptação do médio português Alex Soares e do defesa luso-angolano Inácio Miguel.
"Esperamos que o primeiro de todos seja o Depú, no sentido de que teve muito pouco tempo de nos ajudar, pela felicidade da recuperação. O Depú jogou bastante pouco, ainda conseguiu fazer alguns minutos e contribuir de alguma forma no máximo que pôde. Essa será, se calhar, o maior reforço. Por outro lado, tivemos a contratação de Alex Soares e Inácio Miguel. Estamos muito satisfeitos com isso, pois eles querem muito ajudar a equipa", notou.
Alex Soares é, de acordo com o treinador português, "um jogador com características diferentes", enquanto Inácio Miguel é "um jogador, que naturalmente, tem de se adaptar ao tipo de futebol e de dificuldades" do futebol angolano.
"Mas julgo que está entrosado, porque conhece alguns dos colegas e porque já jogou pela seleção de Angola. Tem também características diferentes daqueles que nós temos", finalizou.
No Girabola, o Petro de Luanda, campeão angolano, terminou a primeira volta, com 37 pontos, estreia-se na presente edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos em 02 de fevereiro, diante do JS Kabylie, da Argélia, em Luanda, para o Grupo A.