Cristiano Ronaldo garantiu, esta segunda-feira, em entrevista concedida às plataformas oficiais da FIFA, que não se sente particularmente pressionado para brilhar no Campeonato do Mundo, face às polémicas em que tem estado envolvido.

O capitão da seleção portuguesa garantiu que esta "está preparada" para "fazer um excelente torneio", até porque "todos os convocados têm pressão, porque querem dar o seu melhor e representar bem Portugal".

"A pressão sempre existiu desde que eu saí da Madeira, com 11 anos, por isso, não é algo que me tire o sono. Não vou ficar mais magro, não vou deixar de dormir à noite por causa da pressão. Há pressão boa, há pressão menos boa, há uma pressão mais abrangente", começou por dizer.

"Quando um familiar está doente ou um filho, isso é que é pressão. Tudo o resto, conseguimos relativizar e levar as coisas de uma maneira normal, mas é bom ter um bocadinho de pressão", acrescentou, antes de falar dos objetivos pessoais para o Qatar.

"Não busco os recordes, os recordes é que me buscam, por isso, não vejo que tenha de ter alguma motivação extra. Tento fazer o meu melhor, como sempre. É mais uma competição para a qual estou preparado e feliz. É o quinto Mundial que vou fazer, e os golos aparecerão de uma maneira natural, como sempre. O mais importante é a equipa ganhar. Se eu não marcar nenhum golo e a equipa ganhar, assino já por baixo", completou.

A terminar, o avançado do Manchester United defendeu que Portugal "poderá ser incluído" no lote de favoritos a levantar o troféu: "Tudo pode acontecer, como aconteceu em 2016. Também não éramos candidatos, e chegámos à final e ganhámos. Este ano, acho que será igual".

"Todos querem ganhar, mas só pode ganhar um. Se me perguntar se, acabando a carreira [ficava satisfeito], é óbvio que sim. Não poderia pedir mais, seria injusto da minha parte, mas um Mundialinho era engraçado. Deus sabe o que faz. Estamos preparados, com energias positivas. Espero que Portugal também possa estar", concluiu.

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