Ao fim de 14 jogos, eis que o Benfica tropeçou e não arrecadou os três pontos pela primeira vez nesta temporada na noite de sábado vivida em Guimarães.
As águias deslocaram-se ao D. Afonso Henriques, mas não tiveram argumentos para bater um Vitória SC que levava a lição bem estudada e que anulou cada um dos pontos fortes do adversário. O empate, sem golos, acabou por ser o resultado mais ajustado face ao que se passou naquele relvado durante os 90 minutos.
Pode mesmo dizer-se que o Benfica foi a Guimarães em serviços mínimos. O número de remates realizados não mente: seis, apenas seis. O registo mais baixo das águias desde 2020/21.
⌚️Apito final: VSC 0-0 SLB
— playmakerstats (@playmaker_PT) October 1, 2022
O Benfica que vinha de uma média de 20.7 remates/jogo, e que em duas jornadas cifrou o recorde da Liga com 29 remates, só consegui fazer 6 remates.
Este registo de 6 tentativas de golo é o pior das águias desde 2020/21, quando empatou 1-1 vs FC Porto pic.twitter.com/ICXSHlLC78
Ainda assim, vale lembrar que o Benfica prossegue na liderança isolada, com mais três pontos do que FC Porto e Sp. Braga, e que se mantém como a única equipa que ainda não perdeu na presente edição da I Liga.
Mas vamos aos protagonistas da noite de ontem.
A figura
Ibrahima Bamba foi o maior rosto da resistência do Vitória no Castelo. O médio alinhou novamente como defesa e a verdade é que nem parecia que estava a jogar fora da posição natural. Rápido e com poderio físico, Bamba foi anulando os jogadores do Benfica, não permitindo grandes aventuras a Rafa Silva e Gonçalo Ramos. Encheu o campo e começa a dar nas vistas.
A surpresa
António Silva foi a melhor unidade do Benfica no D. Afonso Henriques. Continua a ser impressionante a tranquilidade com que este miúdo de 18 anos está em campo e perante adversários capazes de deixar a cabeça em água a qualquer defesa central. Além da importância a defender, António Silva foi dos poucos que conseguiu desequilibrar a construir jogo... ofensivo.
A desilusão
João Mário esteve muito longe do nível habitual, mostrando-se mais lento e menos expedito do que nas partidas anteriores. Facilmente foi anulado pelos adversários e raramente conseguiu encontrar um colega numa posição favorável para visar a baliza adversária. A sua substituição pecou por tardia.
Os treinadores
Moreno Teixeira
Grande mérito para Moreno pela forma como organizou a equipa e conseguiu anular as grandes armas do adversário. Do primeiro ao último minuto, o Vitória foi uma equipa muito competente, mesmo quando os momentos do jogo pediam coisas diferentes. Com exibições assim, o conjunto vitoriano pode aspirar a coisas bem mais ambiciosas do que o atual nono lugar.
⌚️Apito final: VSC 0-0 SLB
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️Os vimaranenses há 7 anos e meio que não travavam os encarnados em casa. Em 2014/15, a igualdade a zero bolas deu o bicampeonato ao Benfica à 33.ª jornada.
O ️Vitória SC não vence o 🦅Benfica há 10 anos para a Liga Portuguesa. pic.twitter.com/l6NYpaQALE
Roger Schmidt
Apostou no onze tipo desta temporada, mas, uma vez mais, fica a sensação que mexeu muito tarde na equipa. Com o jogo empatado e com as águias com dificuldades claras em furar o bloco defensivo adversário, Schmidt apenas fez a primeira alteração aos 70 minutos, altura em que lançou Draxler, Aursnes e Musa. Dez minutos depois lançou Diogo Gonçalves e só mesmo nos descontos é que arriscou um pouco mais, colocando Brooks como... ponta de lança.
O árbitro
Rui Costa assinou uma noite complicada em Guimarães. Manteve o critério bem curto e ao mínimo toque apitava falta. O jogo ficou, por isso, lento e pouco fluido. Houve dois lances para eventual penálti. No primeiro mandou o jogo seguir e no segundo reverteu a decisão após consultar as imagens do VAR.
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