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"Perdemos porque o FC Porto fez dois golos e nós não. É simples"
A reação de Ivo Vieira à derrota do Gil Vicente diante do FC Porto, por 0-2, na zona de entrevistas rápidas da Sport TV.
© Global Imagens
Desporto Ivo Vieira
Análise: Perdemos porque o FC Porto fez dois golos e nós não, simples. O FC Porto esteve melhor, ganhou bem. Tivemos uma ou outra situação, na segunda parte, em que podíamos ter reentrado no jogo, e não conseguimos concretizar. O FC Porto é uma equipa forte. Queríamos conquistar pontos e trabalhámos para isso, mas o FC Porto foi mais forte do que nós em quase todos os momentos do jogo. Quem tem isso, tira vantagem do mesmo.
Primeira parte negativa: Não consigo ver equipas a ganhar jogos sem bola. Nós estávamos constantemente a perder bolas e não ganhar segundas bolas. Estávamos muito abaixo daquilo que é preciso para competir com um adversário destes. Tivemos a primeira oportunidade, mas aí é que está a grande diferença. O FC Porto teve as oportunidades e conseguiu concretizar. Na segunda parte, tentámos mudar alguma coisa para tentar chegar à frente. Melhorámos um bocado na segunda parte, mas não foi suficiente. Estivemos longe de fazer um jogo ao nível de poder ganhar a um adversário do nível do FC Porto.
Gil Vicente não fez tudo o que podia: Não estou aborrecido, estou tranquilo. No futebol, as pessoas têm dificuldade em interpretar. Quando somos verdadeiros, somos complicados. Quando somos frontais, somos difíceis. Eu tenho essa marca, sou uma pessoa verdadeira, sou frontal e estou a relatar o que foi o jogo. Não estivemos bem na primeira parte, o FC Porto fez dois golos, estivemos melhor na segunda, mas não foi suficiente. Claro que não há satisfação quando se ganha. Os jogadores trabalharam e correram, mas há muito mais do que isso dentro do jogo ao nível da tomada de decisão. A esse nível, ninguém tem nada a apontar a esta equipa. De uma forma fria e concisa, o FC Porto foi melhor e ganhou.
Calendário preenchido: Sabemos que equipas preparadas para estes percursos como os grandes, são equipas que têm um hábito constante de jogar muitas vezes e treinar pouco. Mesmo assim, por vezes, sentem falta de tempo para trabalhar aspetos que há a corrigir. Nós, nitidamente, queremos ser melhores, mas não estamos habituados a jogar constantemente. A dificuldade é maior, mas não pode servir de refúgio. Se os jogadores querem chegar a outros patamares, têm de provar que conseguem jogar mais do que treinar. Claro que, ao nível da correção, vai dar-nos mais espaços para melhorar alguns aspetos. Quero agradecer aos adeptos. Temos de fazer mais por eles. Queremos dar mais do que isto ao nível dos resultados e do jogo.
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