Miguel Braga fez, esta quinta-feira, uso do espaço de opinião que assina no Jornal Sporting para lamentar que a proposta do clube para que "os áudios do VAR fossem públicos" tenha sido rejeitada, quando uma semelhante foi aprovada, na Premier League.
O responsável de comunicação do clube de Alvalade recordou que o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol argumentou que "as normas propostas afiguram-se ilegais, naturalmente face à Lei, e inadmissíveis face às orientações vinculativas do IFAB e da FIFA", algo que, no entanto, não se verificou, em Inglaterra.
"Para Richard Masters, Chief Executive da Premier League, as razões que se prendem com o anúncio assentam, imagine-se, por uma maior transparência sobre as decisões tomadas pelos árbitros, não menosprezando o carácter didáctico da medida. Ou seja, quem quer transparência não se esconde atrás da opacidade dos regulamentos, nem de narrativas tendenciosas", pode ler-se.
"Não foi apenas o CA a estar contra a disponibilização pública dos áudios do VAR: SL Benfica e FC Porto também votaram contra as propostas Leoninas, dizendo-se a favor das mesmas, mas utilizando argumentos etéreos para justificar a oposição através do voto contra", prossegue.
"Enquanto que em Inglaterra luta-se para mudar e melhorar o futebol, em Portugal faz-se um esforço tremendo para que fique sempre tudo na mesma. A não mudança protege quem manda e o poder instalado, instalado quer ficar", completa.
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