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"Ténis em Portugal? Se não te dão condições, talvez o melhor é emigrar"

Chris Evert, em declarações ao Desporto ao Minuto, anteviu Roland Garros, abordou o ténis português, e falou sobre o seu estado de saúde, após suplantar seis tratamentos de quimioterapia.

Chris Evert

© D.R.

Ricardo Santos Fernandes
22/05/2022 08:02 ‧ 22/05/2022 por Ricardo Santos Fernandes

Desporto

Chris Evert

No dia em que se inicia Roland Garros, o maior torneio de terra batida do planeta, o Desporto ao Minuto, a convite da Eurosport, esteve à conversa com Chris Evert, a antiga número 1 do Mundo e detentora de 18 torneios do Grand Slam.

A saúde da norte-americana atravessou um período mais delicado nos últimos meses, após completar a sexta e última sessão de quimioterapia para tratar um cancro nos ovários.

"Não foi brutal, mas foi desconfortável. Agora, estou bem e vou sentindo-me mais forte a cada dia que passa. Felizmente, tive demasiado tempo para ver ténis [através da televisão] e isso é ótimo para aprender cada vez mais sobre os novos tenistas que vão aparecendo. Fui uma das sortudas. A minha irmã morreu muito nova com cancro, também dos ovários, mas ela já estava numa fase mais avançada da doença. Podia ter morrido, mas felizmente estou aqui, porque o cancro foi logo diagnosticado ainda no estágio 1", começou por dizer Chris Evert.

À margem do seu estado de saúde, a norte-americana também falou de ténis e abordou o caso português. A antiga desportista alertou para a necessidade de nós termos de melhorar as nossas infra-estruturas, se um dia, quiçá, quisermos vir a ter a hipótese de ter um luso a disputar pela conquista de Majors. 

"Precisas de bons programas, de bons treinadores, de um bom centro de treinos, que te proporcionem as facilidades para formar um grande tenista. Eu não sou um génio, não sei tudo, mas sei que num país em que se desenvolvem as condições para seres um bom tenista estás mais próximo de ganhar. Se um país não te pode dar isso, tu necessitas de ajuda, colocar um dinheiro de lado e pedir ajuda lá fora. Emigrar será, talvez, a melhor solução", complementou a antigo número 1, frisando que "Portugal necessita de ter mais tenistas. Isso seria um bom ponto de partida".

Já sobre Roland Garros (torneio que começa este domingo e termina a 5 de junho, sendo transmitido nos dois canais da Eurosport), Chris Evert vê Novak Djokovic e Iga Swiatek como os grandes favoritos à conquista do Grand Slam de Paris, não descartando, do lado masculino, as figuras de Carlos Alcaraz e Rafa Nadal. A ex-tenista, atualmente com 67 anos, vê em Paula Badosa a "Chris Evert dos novos tempos".

Num mundo em que tantas vezes nos questionamos quem são os melhores em cada variante desportiva, Evert não tem dúvidas de quem ocupa a 'nata do ténis'. "Nos homens saltam em destaque as figuras de Roger Federer, Nadal e Djokovic como o supra-sumo da modalidade. Já nas mulheres ficaria com Steffi Graff, Serena Williams e Navrativola. Sinto que estes estão num nível à parte. Navrativola e Steffi tiveram carreiras mais semelhantes, Serena será provavelmente a melhor tenista que nós já vimos”.

Mas, para ser o melhor, é necessário escalar vários patamares, e manter a saúde mental no topo das prioridades. Um alerta da norte-americana, que se apoiou no caso de Naomi Osaka, para dar conta da negligência de vários tenistas para este tipo de problemas.

“Eu fico feliz por falarmos sobre esta questão da saúde mental. No ténis, como é um desporto individual, nós, muitas das vezes, temos tendência a isolar-nos. Somos nós de um lado da rede, e do outro o resto do mundo. É muito importante haver este apoio à saúde mental. Deve ser a grande prioridade. Há muitas expectativas sobre os jogadores, pouca privacidade, e tudo se fala. Tivemos o caso da Naomi Osaka, e tudo o que ela passou. É importante 'atacares' estes problemas e não os descurares. Os meios de comunicação colocam os tenistas noutro nível de pressão. Os 'prize-money' de cada torneio, os patrocínios, tudo isso gera uma enorme de ansiedade, mas a comunicação social sobe esta pressão para outros níveis", asseverou a antiga líder do circuito, não passando ao lado de outro dos temas do momento: o afastamento de tenistas russos e bielorussos do torneio de Wimbledon.

"É difícil banir equipas ou individualidades do desporto russo, mas nesta guerra que é tão desumana e catastrófica, em que estão a morrer pessoas inocentes, tudo isto obriga-nos a tomar decisões suplementares. Eu percebo a intenção de Wimbledon em banir tenistas russos, devido ao forte impacto desta guerra. A imagem do desporto na Rússia é bastante forte, e atingi-los desta forma terá um forte impacto para os tenistas que iam competir em Inglaterra, mas também no próprio país, que pagará mais uma 'conta' por manter esta guerra ativa”, rematou.

Leia Também: Djokovic defende título perante o rei Nadal e o fenómeno Alcaraz

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