Caso pretenda chegar às meias-finais da estreante prova da UEFA, a formação romana tem de se impor no 'seu' Olímpico, depois do desaire por 2-1 averbando na Noruega, no encontro da primeira mão dos quartos de final.

A formação romana, de Rui Patrício e Sérgio Oliveira, até começou a ganhar, com um tento de Lorenzo Pellegrini, aos 43 minutos, mas os anfitriões deram a volta na segunda parte, por intermédio de Ulrik Saltnes, aos 56, e Hugo Vetlesen, aos 89.

O Bodo/Glimt intensificou, assim, o estatuto de 'besta negra' dos transalpinos em 2021/22, depois de já ter humilhado a formação de José Mourinho na fase de grupos, com uma goleada caseira por impensáveis 6-1.

Em 21 de outubro de 2021, em embate da terceira jornada do Grupo C, os noruegueses 'destroçaram' os italianos e o treinador português, que não perdia por cinco desde a 'manita' (0-5) de Nou Camp, pelo Real Madrid, em 2010/11.

No sintético do Estádio Aspmyra, em Bodo, Erik Botheim (08 e 52 minutos), Patrick Berg (20), Ola Solbakken (71 e 80) e Amahl Pellegrino (78) marcaram para os locais, sendo que, em 1.007 jogos, nunca uma equipa de 'Mou' sofrera tantos golos.

Em Roma, onde na quinta-feira se decide o embate dos 'quartos', a equipa da casa também não conseguiu vencer, ficando-se por um empate a dois, depois de estar a perder por 0-1 e 1-2.

Ola Solbakken, aos 45+1 minutos, e Erik Botheim, aos 65, faturaram para os nórdicos, enquanto Stephan El Shaarawy, aos 54 minutos, e o brasileiro Reoger Ibañez, aos 84, marcaram para equipa italiana.

Apesar da desvantagem, e dos três 'percalços', a Roma parte com o estatuto de favorita, mas não muito, até porque nos oitavos de final, frente ao Vitesse, só conseguiu empatar 1-1 em casa, após vencer fora (1-0), e com um golo já nos descontos.

Os romanos, quintos na Serie A, têm como única possibilidade realista de conquistar um título em 2021/22 a Liga Conferência Europa: seria o segundo troféu europeu, depois da 'longínqua' vitória na Taça das Cidades com Feiras de 1960/61.

Os italianos procuram também o primeiro título, em qualquer competição, desde o triunfo na Taça de Itália de 2007/08, sendo que não conquistam a Serie A desde 2000/01.

Quanto a Mourinho, tenta um quinto troféu da UEFA, após duas edições da Liga dos Campeões (2003/04, pelo FC Porto, e 2009/10, pelo Inter Milão), uma da Taça UEFA (2002/03, pelo FC Porto) e uma da Liga Europa (2016/17, pelo Manchester United), no que foi o seu 25.º e último título (2-0 ao Ajax, na final).

Como a Roma, também o PAOK, de Vieirinha, Filipe Soares e Nélson Oliveira, joga em casa depois de um desaire fora por 2-1, face ao Marselha, que liderou por 2-0, com tentos de Gerson e Payet. El Kaddouri reduziu e faz os gregos acreditar.

Os outros dois confrontos começam do zero, com vantagem casa para o PSV Eindhoven, campeão europeu em 1987/88, e o Slavia Praga, depois dos empates nas casas de Leicester (0-0) e Feyenoord (3-3), campeão da Europa em 1969/70, respetivamente.

Nas meias-finais, o vencedor do embate entre Roma e Bodo/Glimt defronta Leicester ou PSV, com primeira mão em Inglaterra ou nos Países Baixos, e Feyenoord ou Slavia Praga enfrentam, como anfitriões no jogo inaugural, Marselha ou PAOK.