A jogadora ucraniana do CB Oviedo Kristina Sotomayor, que fugiu do país para dar à luz em Espanha, destacou o apoio recebido da embaixada do país vizinho para deixar a Ucrânia e a “grande ajuda” que sentiu ao chegar “para poder recomeçar a vida" em solo vizinho.
"Como o meu marido é espanhol, tivemos apoio da embaixada espanhola e sentimos uma grande ajuda em geral do país. Principalmente quando organizaram uma recolha de dinheiro para recomeçar a vida aqui, na qual muitas pessoas participaram. Não posso explicar o quanto sou grata a todas as pessoas que contribuíram com o seu grão de areia. Não esperava tanto amor, e tudo o que fizeram foi incrível", frisou.
Por ocasião do Dia Internacional do Desporto para o Desenvolvimento e a Paz, Kristina Sotomayor-Dzhanhobekova contou a sua experiência em entrevista à Federação Espanhola de Badminton (FESBA), depois de viajar mais de 3.000 Km de Lviv a Oviedo de carro, pouco antes da nascimento do seu filho Samuel.
"Lembro-me daquele dia, 24 de fevereiro. Estávamos a dormir e acordei por volta das 7h da manhã, olhei para o telmóvel e num grupo que tenho com colegas da Ucrânia vi uma mensagem de uma mulher que dizia algo como: 'Não te preocupes que tudo vai ficar bem, fica tranquila. Eu não entendi ao que ela se referia, nem sabia o que tinha acontecido. Depois apercebi-me que estavam a bombardear zonas ao longo da fronteira com a Rússia e que sirenes estavam a ser ouvidas por todas as partes", explicou.
Leia Também: "Estamos horrorizados, mas sem vontade de agir para deter a Putin"