A mãe de Emiliano Sala foi, esta terça-feira, ouvida no âmbito do julgamento relativo à queda do avião onde este seguia, nas imediações da ilha britânica de Guernsey, em janeiro de 2019, e que acabaria por originar a sua morte, aos 28 anos.
O avançado seguia viagem rumo ao País de Gales, onde iria finalizar a transferência para o Cardiff City, por perto de 20 milhões de euros. Transferência essa que, segundo Mercedes Taffarel, era de extrema importância para a saúde financeira do Nantes.
"O Cardiff City colocou muita pressão sobre ele para completar a transferência rapidamente, mas o Nantes pediu mais dinheiro, e o Emi sentiu-se no meio da disputa", afirmou, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian.
"O Emi tinha algumas dúvidas quanto à finalização da transferência. Finalmente, chegou-se a um acordo, não pelos seus desempenhos enquanto jogador do Nantes, que foram muito bons, mas porque o Nantes precisava do dinheiro", acrescentou.
Mercedes Taffarel confessou, ainda, que a família teve muitas dificuldades em aceitar a morte do filho, mesmo após o final das buscas: "Foi extremamente angustiante. Nós não hesitámos em contratar uma equipa privada para continuar".
"Ninguém pode trazer o Emi de volta para junto de nós, mas pedimos justiça para que ele possa descansar em paz, e para nos dar um pouco de paz de espírito, sabendo que fizemos de tudo para que mortes semelhantes possam ser prevenidas no futuro", concluiu.
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