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"Veríssimo não é um super-homem e sozinho não vai chegar aos Pirenéus"

Vítor Manuel, que orientou o técnico das águias no Alverca, acredita que a Taça da Liga será determinante para a continuidade de Veríssimo no comando técnico do Benfica.

"Veríssimo não é um super-homem e sozinho não vai chegar aos Pirenéus"

Nélson Veríssimo assumiu o comando técnico da equipa principal do Benfica na derradeira semana do ano civil de 2021. De lá para cá, o novo timoneiro das águias já realizou três encontros: derrota contra o FC Porto (1-3), vitória diante do Paços de Ferreira (2-0) e empate frente ao Moreirense (1-1).

Antes de se agarrar a um dos desafios de maior dificuldade da sua ainda curta carreira, Veríssimo liderava os destinos da equipa B dos encarnados e, muito antes disso, aprontava-se a rigor, de camisola e chuteiras, para subir ao eixo central das defesas. E o Desporto ao Minuto decidiu viajar a esse período e recordar a temporada 2001/02, então com 25 anos Veríssimo jogador militava no plantel do Alverca.

Vítor Manuel era o treinador que liderava nessa altura os destinos da equipa do distrito de Lisboa e, apesar de 20 anos já consumados, o técnico continua a ver “muitas semelhanças” entre o Veríssimo atual e o jovem defesa.

“Continuo a ver um homem bastante calmo. Às vezes, na vida, temos de representar, mas o Veríssimo continua a manter o registo de um homem tranquilo e que se impõe naturalmente, sem grandes euforismos. Não quer dizer que, no balneário, não solte um grito ou outro, num determinado contexto. Se calhar até o faz, mas daquilo que vejo nas conferências de imprensa é o mesmo rapaz”, começou por dizer o pai de Vítor Bruno, adjunto de Sérgio Conceição no FC Porto.

Vítor Manuel não tem uma “bola de cristal”, mas prevê um cenário montanhoso no futuro a curto/médio de prazo de Nélson Veríssimo. “O Benfica vive um momento de enorme turbulência, dentro e forma de campo, e não é fácil a missão para Veríssimo. Recordo que ele não é um super-homem e vai efetivamente precisar da ajuda dos jogadores e da estrutura. Sozinho ele não vai chegar aos Pirenéus, nem tão pouco subir a montanha sozinho. O barco que tem ao leme é muito grande”, referiu.

O técnico de 69 anos não esconde que o Benfica encontra-se num processo em que todos estão a ser escrutinados, porém, relembra que, Veríssimo é o “menor dos culpados”. 

“Perder no Dragão é normal [encontro para o campeonato], já o empate diante do Moreirense deixa mossa, mas ainda falta muito campeonato. No Benfica estão todos a ser escrutinados, até o Rui Costa, e se os resultados não começam a aparecer vai ser uma turbulência tremenda”, perspetivou Vítor Manuel, descartando que uma situação de conflito entre jogadores e treinador, como a que sucedeu entre Pizzi e Jorge Jesus, horas antes do ex-técnico ser demitido, não se voltará a repetir.

“Penso que esse tipo de confronto não se vai voltar a suceder, aí seria o caos. Conhecendo a personalidade do Veríssimo não acredito que as posições se voltem a extremar, até porque acho que a maior pressão, neste momento, está do lado dos jogadores. Os assobios no final da partida contra o Moreirense foram para os jogadores e não para o treinador. O Veríssimo acaba, nesta situação, por também ser um gestor emocional. Acho que ele está um pouco salvaguardados”, asseverou o treinador, acrescentando:

“Os jogadores são profissionais, e muito bem pagos, e se uma situação como a do Pizzi se voltar a repetir é o fim da macacada. Com Jesus já se previa que algo desse género acontecesse, afinal a corda estava quase a rebentar, mas os jogadores não vão voltar a entrar nesta rebelião, até porque o Veríssimo não tem o estatuto, o perfil e a personalidade de Jesus e, sendo assim, não vai procurar qualquer situação de conflito com os jogadores”.

Vítor Manuel que traça dois cenários possíveis a curto para o vigente treinador do Benfica. “Se o Benfica perde com o Boavista, para a meia-final da Taça da Liga, então a situação ganha contornos muito complicados, ou mesmo perdendo contra o Sporting na final da competição. Então aí deve ponderar-se se Veríssimo deve continuar ou não. A Taça da Liga veio num momento importante para o Benfica e pode representar um virar de página. Em caso de fracasso, então vão surgir consequências e a oposição vai aumentar”, rematou.

Leia Também: Benfica desmente proposta ao treinador Shevchenko

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