Sérgio Conceição fez nesta sexta-feira a antevisão ao jogo entre o FC Porto e o Estoril, marcado para as 18h deste sábado, no Estádio António Coimbra da Mota.
Antevisão: Um adversário que tem feito um excelente campeonato, vem com os mesmos hábitos do ano passado onde fez um campeonato exemplar, subiu de divisão, e este ano deu continuidade a isso. Na I Liga tem três derrotas, estamos a falar de Sporting, de Braga e de Moreirense. É uma equipa muito bem trabalhada não sofre muitos golos, por isso espera-se um jogo difícil, também na preparação do mesmo porque não sabemos que jogadores ´´e que vão entrar de início no nosso jogo, mas estamos prontos e focados naquilo que é o nosso trabalho, na equipa, naquilo que são as nossas dinâmicas para chegar ao Estoril e ganhar o jogo.
Ir a jogo contra o Estoril: Eu sou treinador de futebol, não decido nada disso. Quem decide isso normalmente é a Liga e a DGS. Agora, temos de respeitar os regulamentos, houve uma reunião há bem pouco tempo e onde estavam todos os clubes e o acordado foi haver um número mínimo de jogadores. A partir desse momento, os regulamentos são para respeitar, até porque nem sabemos se para a semana não somos nós a equipa mais afetada, nós temos também muitas baixas, provavelmente mais que o Estoril, temos jogadores na CAN. Estamos aqui para respeitar os regulamentos, no fundo. Vamos a jogo, se calhar sem o número completo de jogadores no banco, é para verem também as nossas dificuldades. Neste tempo temos de viver um pouco com isso. Obviamente que, se me perguntar se gostava que estivéssemos nós e o Estoril na máxima força, claro que quero.
Vitória desvalorizada? Não sei, isso depois faz parte de quem comenta. Para já, temos de ganhar o jogo. Depois temos de justificar essa vitória. Não nos podemos esquecer que também os sub23 do Estoril, que no ano passado foram campeões da Liga Revelação. Eu tive oportunidade de observar um ou outro jogo, até para precaver se algum ou outro elemento entrar em jogo, por isso, estamos sempre a procurar preparar o jogo da melhor forma. Acho que dessa preparação e dessa seriedade na semana de trabalho, na preparação dos jogos, as vitórias, quando acontecem, são sempre merecidas.
Luis Díaz e Sérgio Oliveira: Confio muito num presidente que tem 63 títulos no futebol, naquilo que é a composição do plantel e no que são as saídas e entradas do mesmo.
Preocupação com o centro da defesa: A preocupação é sempre de encontrar soluções. Sou treinador e é exatamente esse o meu papel e o meu trabalho aqui é encontrar soluções perante algumas dificuldades e barreiras que nos vão parecendo. É um momento em que temos dois centrais e outros dois centrais experientes que gostaríamos que estivessem disponíveis e não estão. Em relação ao resto, ao futuro próximo, é aquilo que eu disse há pouco. Eu falo com o presidente praticamente diariamente e estamos de acordo com algumas situações que se estão a passar e que fazem parte deste mercado de janeiro, vocês sabem que não sou o adepto número um, mas temos que viver com ele.
Risco de facilitismo com níveis de confiança depois dos Clássicos? Eu espero que não. Essa é a minha esperança, até porque, pelo que demonstraram nos treinos, não mudou absolutamente nada e não ganhámos nada. Foram duas vitórias, que no nosso percurso podem ser importantes para chegarmos ao fim e conquistarmos os títulos das duas provas que queremos, porque festejamos títulos.
FC Porto e Sporting favoritos à conquista do título? Eu acho que as duas equipas que estão na frente acabam por ser mais candidatas porque têm mais pontos do que as equipas que vêm atrás, mas estamos ainda a um jogo de acabar a primeira volta, temos toda uma segunda volta para fazer, estamos a falar de clubes habituados a grande pressão, a dificuldades, tem grandíssimos profissionais. Não excluo o Benfica de maneira alguma".
Combinar Luis Díaz com Pepê: É uma pergunta interessante. Eu não acho que todos os bons jogadores tenham lugar na mesma equipa. Não acho porque a equipa tem de ser feita de jogadores de características diferentes nos diferentes setores. Mas acho que o Pepê pode jogar com o Díaz, até porque o Díaz joga bem como segundo avançado, o Pepê também joga bem atrás do avançado. Podem e cabem os dois na mesma equipa.
10 anos de treinador principal: É um balanço positivo. É extraordinário? Acho que não, podia ter ganho mais, mas isso faz parte daquilo que é a minha exigência e a da equipa técnica, mas foi difícil, muito difícil, estou a meio do percurso, cada dia é um dia para ser melhor e é assim que eu penso e faço.
Corona a lateral direito: Tem trabalhado de forma normal, não começou esta época como as anteriores e daí a menor utilização dele, mas é um jogador que se empenha nos treinos, que conhece a posição de lateral direito porque já a ocupou noutros anos e com resultados muito positivos. É uma das soluções. É verdade que, a nível de laterais, estamos com algumas dificuldades, mas estamos aqui para trabalhar. O João Mário também não era lateral e foi trabalhado nesse sentido. Infelizmente, os treinos não são abertos e vocês não podem ver o que trabalhamos, mas arranjamos sempre soluções para as diferentes posições e nomeadamente nas que temos maiores dificuldades.
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