Wagner Ribeiro, antigo empresário de Neymar, concede esta segunda-feira uma extensa entrevista ao jornal francês L'Équipe na qual falou como se processou a saída do brasileiro para o Barcelona, numa altura em que o Real Madrid também estava interessado na sua contratação.
"Florentino [Pérez, presidente do Real Madrid] achou que já o tinha. Aceitou uma oferta que lhe fiz. Estava disposto a pagar 40 milhões ao Santos e cumprir tudo o que pedíssemos. O pai pediu-lhe tempo porque Neymar preferia o Barça", começou por dizer Wagner Ribeiro.
"O Real Madrid continuou a insistir. Mandaram três dirigentes, advogados, ficaram 20 dias lá e disseram-me: 'Vem, amanhã assinamos!' Mas o Neymar não queria ir para o Madrid, queria jogar pelo Barcelona. O Messi e o Piqué chamaram-no... Eu queria que ele fosse para Madrid porque era próximo de Florentino e do Real Madrid. Sandro Rossell, por outro lado, não queria que eu participasse das negociações com o Barcelona. Deixou-me de lado e não me pagou um centavo pela transferência do Neymar para o Barcelona. Brincaram comigo. Não ganhei nada com essa transferência", acrescentou.
Wagner Ribeiro confessou ainda que se sentiu "humilhado" quando viu Neymar a ser apresentado no Barcelona.
"Ele queria jogar com o Messi. Essa foi a escolha dele. Eu respeitei-o, embora não tenha sido bom para mim. Quando ele assinou e foi apresentado, senti-me humilhado. Eles não me deixaram participar. Dou-me bem com Florentino Pérez. Eles deixaram-me de fora de tudo. Foi injusto", atirou.
Depois de rumar ao Paris Saint-Germain, Neymar esteve perto de regressar a Espanha pela porta do Real Madrid dois anos depois de assinar pelos parisienses. Wagner Ribeiro revelou que os merengues estavam dispostos a pagar o que fosse preciso pelo brasileiro, mas o PSG rejeitou a saída.
"Neymar esteve perto de ir para o Real Madrid. Estavam dispostos a pagar 300 milhões de euros por ele. Florentino Pérez disse-me isso. Mas Nasser [dono do PSG] recusou. 'Nem por mil milhões, ele não vai sair!', disse-me ele.", concluiu.
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