Estrela da Amadora de olhos postos na II Liga 10 anos após a extinção

O Clube de Futebol Estrela da Amadora foi oficialmente extinto há 10 anos pelo Tribunal do Comércio de Sintra, contudo, renasceu, com as mesmas cores, com um nome ligeiramente diferente, mas com renovada ambição.

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© Estrela da Amadora

Lusa
10/02/2021 08:43 ‧ 10/02/2021 por Lusa

Desporto

II Liga

A 29 de setembro de 2009 que os 'tricolores' foram legalmente declarados insolventes e deu-se início a um longo processo de sensivelmente ano e meio.

Com várias fases de negociação, os credores, cerca de 200, acabaram por chumbar a última proposta do plano de recuperação apresentado pelo administrador de insolvência.

As dívidas estavam avaliadas em cerca de 28,5 milhões de euros, enquanto o património do Estrela da Amadora rondava os 5,5.

Perante isto, a única solução foi mesmo de fechar as portas, numa decisão confirmada pela juíza Rute Lopes, que, segundo o acórdão, concluiu que não se mostrava "aprovado o plano de insolvência" por não terem sido reunidos os votos de dois terços do valor total dos créditos reclamados pelos credores.

Nesse ano, o futebol sénior já não existia. A última época de competição tinha sido em 2009/10. A equipa, a militar na então zona sul da II divisão nacional, terminou na 10.ª posição, com 41 pontos e tinha garantida a manutenção.

Nas suas fileiras, contava entre outros com Abel Camará, emprestado pelo Belenenses e hoje ao serviço do Mafra, Filipe Martins, atual treinador do Casa Pia e um nome que se viria a tornar sonante na época seguinte: Bebé.

O então jovem jogador das tranças, que hoje defende as cores dos espanhóis do Rayo Vallecano e foi campeão pelo Benfica (2014/15), viajou até Guimarães e de lá 'saltou' para os ingleses do Manchester United, onde venceu a Premier League, numa transferência, que segundo a imprensa, terá rondado os 10 milhões de euros.

Um valor que seria uma enorme ajuda para os tricolores se o futebol existisse e se Bebé tivesse permanecido por lá. Contudo, a vida não é feita de 'ses' e o Estrela da Amadora passou por uma longa travessia do deserto.

Apostou apenas nos escalões de formação. O Estádio José Gomes foi-se degradando, embora ainda tivesse sido utilizado pelo Atlético Clube de Portugal, em 2011/12, então na II Liga.

Entretanto, renascera o alicerce que se revelou fundamental para que o futebol continuasse na Amadora.

Em 28 de setembro de 2011, foi fundado o Clube Desportivo Estrela, mas a competição 'mais a sério' só viria a acontecer na temporada 2018/19, na Série 2 da 1.ª divisãoda AF Lisboa. Curiosamente, o Belenenses, já separado da sua SAD, defrontou os tricolores. O Estádio José Gomes teve uma enchente das antigas. O jogo terminou com uma igualdade sem golos.

A fazerem pela vida, os 'tricolores', com o desejo de voltar ao patamar mais alto do futebol português, foram procurando soluções até que no último verão as estrelas se alinharam. A fusão com o Sintra Football deu origem a uma SAD com o nome Clube Football Estrela.

As cores e o símbolo são os mesmos do clube que tinha sido fundado em 1932.

Atualmente, o clube lidera a Série G do Campeonato de Portugal, com 36 pontos, em 14 jogos, fruto de 11 vitórias e três empates. Aliás, nesta temporada, só foi mesmo desfeiteado pelo Benfica (4-0), nos oitavos de final da Taça de Portugal.

André Geraldes, que já esteve no Sporting e no Farense, é o presidente desta SAD e garante que "o Estela está vivo e está vivo desde 1932".

"O Estrela nunca morreu. Não é um número de contribuinte fiscal que vai fazer desaparecer a história do Estrela da Amadora", afirmou.

Segundo André Geraldes "o projeto é pujante e excedeu as expetativas", na medida em que procuram criar um equilíbrio entre o bem-estar dos jogadores e o equilíbrio desportivo.

"Chegámos aqui e não vamos voltar para trás. Nas minhas estruturas, só podemos pensar em ganhar. Essa mentalidade tem sido transportada para o plantel e equipa técnica. Os jogadores têm bebido dessa ideia. É verdade que chegámos aqui sem derrotas, mas ainda não ganhámos nada. Mais cedo que tarde, gostaríamos de ver o Estrela da Amadora entre os maiores do futebol português outra vez", afiançou.

Quando forem concluídas as oito jornadas que faltam para o campeonato, seguir-se-á a fase que determina quem ascende à II Liga.

"Vamos fazer tudo para chegar ao final deste campeonato com o melhor resultado possível. Gostaríamos de estar na próxima época na II Liga, mas há um percurso muito complexo, difícil e com adversários muito fortes para que isso aconteça. Temos de ter a certeza de que, aconteça o que acontecer, que deixamos tudo em campo", disse.

Para já, a única certeza é que SAD dos tricolores, está já a preparar a próxima temporada, equacionando todos os cenários possíveis.

 

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