Análise: Todos sabem os problemas que tivemos devido às expulsões no último jogo, que nos obrigaram a adaptar dois jogadores novos. Isso obrigou a mudar a estratégia da equipa. O pensamento foi enquadrar-nos no jogo do Sporting e não fugir muito daquilo que podemos fazer. A alteração que fiz ao intervalo teria sempre que fazer, fosse qual fosse o resultado, porque tenho que preparar o Boavista e estes jogadores para mais 20 jogos. O campeonato não acabava hoje.
O Sporting, na primeira jogada de perigo, fez um golo por 10 centímetros. Na segunda parte, o Boavista, com uma defesa com um miúdo que nunca tinha jogado e o Rami que fez o primeiro jogo depois de tanto tempo parado, deu uma resposta melhor. Essa é a forma que o Boavista tem de jogar. Obrigou o Sporting a mexer muito no meio-campo. Fizemos o que tínhamos que fazer. O golo marcou-nos porque não gostamos de sofrer um golo daquela forma. Na segunda parte sofremos novamente com o lateral-direito a fazer golos incríveis, de aplaudir. O Boavista não está naquela maré de sorte. Podíamos ter feito um golo e o jogo podia ter sido diferente. O Sporting jogou de forma muito forte e confiante. Aliás, jogadores com muita confiança fazem uma equipa muito confiante. O Sporting abordou o jogo à campeão. Eles são os campeões, neste momento, porque estão em primeiro lugar. Teve uma atitude que esperávamos e tínhamos que responder com as armas que tínhamos.
Mexeu antes do golo de Pedro Porro: Por vezes, a sorte não anda por determinado lado. Espero que ela nos ajude também e que não seja tão madrasta quanto tem sido. O Boavista não tem tido essa sorte. Mas o golo do Porro não é de sorte, é de talento e de qualidade. Era escusado fazer isso naquela altura.
Equipa tem vindo a evoluir: Perdemos com o Braga e com o Sporting. O jogo que manchou isto foi com o Tondela, mas todos viram o que se passou. A equipa respondeu de forma generosa e hoje deu indicações claras de que vai conseguir chegar às vitórias, que é o que queremos.
