O Benfica voltou a perder pontos na I Liga. Esta segunda-feira, a equipa orientada por Jorge Jesus não foi além de um empate frente ao Nacional da Madeira, a um golo, na 15.ª jornada da I Liga.
Os encarnados começaram bem e até a todo o gás. Marcaram primeiro aos sete minutos, contudo o golo foi anulado a Chiquinho. O médio do Benfica voltou a marcar aos 14 e desta vez contou. O jogo prometia para o lado das águias, mas ficou-se mesmo pelas promessas. A partir do 1-0, o Nacional começou a crescer na partida aos poucos e o Benfica foi tendo cada vez mais dificuldades no seu processo ofensivo.
Certo é que Jorge Jesus teve que gerir um plantel com 10 jogadores de fora devido à Covid-19. A defesa que foi a jogo foi toda, praticamente, remodelada. Ainda assim, exigia-se mais a um candidato ao título.
Não se pode dizer que o Nacional fez um jogo sensacional para alcançar o empate, mas fez o essencial: aproveitar os erros do adversário. Numa bola parada, os encarnados facilitaram, João Ferreira ficou a dormir na 'parada' e Bryan Rochez aproveitou para bater Svilar aos 48 minutos. Até final, o melhor que o Benfica conseguiu foi uma oportunidade de golo aos 85 minutos, que Seferovic não conseguiu concretizar.
Figura: Rui Correia voltou à titularidade e mostrou a Luís Freire que pode contar com ele para o que der e vier. Foi uma autêntica muralha na defesa do Nacional. Bloqueou remates, secou os avançados do Benfica e no ar era tudo dele. Foi intransponível e impediu o golo da vitória de Seferovic já perto do final.
Desilusão: São já 332 minutos sem que Darwin consiga marcar. Faltam golos e confiança ao jovem uruguaio, que parece cada vez mais em baixo de forma. Jesus confessou que lhe disse ao intervalo que teria de melhorar. Não melhorou e acabou por sair aos 62 minutos. Uma exibição muito aquém do seu potencial e do que já mostrou poder fazer com a camisola do Benfica. Seferovic não esteve melhor, mas de certa forma todos os adeptos depositam mais esperanças na qualidade de Darwin.
Surpresa: O que surpreende não foi a segurança com que atuou no lado esquerdo da defesa. Cervi é um daqueles jogadores que todo o treinador pode confiar e, mesmo fora de ritmo, mostrou estar à altura da titularidade. O que surpreende mesmo é que um jogador como Franco Cervi seja terceira opção, atrás de Nuno Tavares. Faltou-lhe acutilância ofensiva, mas com os minutos que tem esta época já era pedir demais. Foi dos melhores elementos do onze titular encarnado, a par de Weigl.
Jorge Jesus: Voltou a apostar num sistema com Julian Weigl mais recuado. O alemão desceu para central para ajudar na construção, com os dois laterais ligeiramente mais subidos e a fazer toda as alas. Se no início, a equipa correspondeu e entrou bem, no restante jogo foi um completo deserto de ideias. É certo que o Benfica está neste momento muito desfalcado, mas é preciso muito mais para lutar a sério pelo título.
Luís Freire: Foi paciente e após o golo sofrido reagiu da melhor forma para contrariar o favoritismo do Benfica. Fez a sua equipa circular a bola e dificultou ao máximo a construção da formação encarnada. Contou com a eficácia do avançado Rochez para colocar um ponto final na série negativa, que já ia longa.
Árbitro, Rui Costa: Houve penáltis ‘pedidos’ de parte a parte. Inclusivamente, Jorge Jesus queixou-se de uma grande penalidade não marcada a favor do Benfica. No entanto, o árbitro não acedeu a queixas de nenhum lado e mandou seguir.