O Santos emitiu, este domingo, um extenso comunicado no qual contesta a atribuição do recorde de mais golos marcados por um só clube a Lionel Messi, que anotou o 644.º tento ao serviço do Barcelona na passada terça-feira, no triunfo sobre o Valladolid, por 3-0.
O conjunto brasileiro defende que deveriam ser contabilizadas todas as competições, e não apenas as oficiais, pelo que Pelé, anterior detentor deste registo máximo, teria marcado mais de mil golos, e não 'apenas' os 643 a que lhe foram atribuídos.
"Pelé marcou 1.091 gols pelo Santos. Nas contas da imprensa especializada, o Rei do Futebol marcou 643 em competições, e os 448 golos anotados em partidas e competições amigáveis foram relegados ao ostracismo, como se tivessem menos valor do que os demais", pode ler-se.
O Peixe recorda que "os 448 golos que hoje tentam desqualificar foram marcados contra os principais clubes e seleções da época", entre eles América, Colo Colo, Inter de Milão, Real Madrid e até Benfica.
"O argumento de alguns analistas é que outros tantos destes 448 golos marcados em disputas amigáveis foram diante de adversários frágeis, como seleções de pequeno porte ou combinados regionais. Ainda assim, as partidas foram disputadas com uniformes oficiais, com as regras oficiais do jogo e com súmula", refere.
"Outro ponto que deve ser considerado e contextualizado, é a estrutura dos jogos que hoje são chamados oficiais. O primeiro torneio nacional de clubes, a Taça Brasil, começa a ser disputado em 1959. O principal campeonato, o Paulista, era disputado entre os meses de julho e dezembro, com o extinto Torneio Rio-São Paulo ocupando uma pequena parte do primeiro semestre – cerca de dois meses. Assim, os clubes aproveitavam o amplo período sem competições, para disputas amigáveis e excursões", conclui.