Portugal despediu-se da Liga das Nações, prova na qual título conquistou o título em 2019, com uma vitória arrancada a ferros na Croácia (3-2). Já afastada da final four, depois da derrota diante de França (0-1), a seleção nacional voltou a exibir-se, na noite de terça-feira, a um nível abaixo do esperado e muito aquém da qualidade dos jogadores que fazem parte do grupo às ordens de Fernando Santos.
Com cinco alterações no onze inicial, a defesa portuguesa consentiu dois golos aos croatas, ainda que Rúben Dias tenha brilhado... por ter marcado outros tantos.
João Félix foi o autor do outro golo português em Split, num lance ferido de legalidade. Diogo Jota foi quem assistiu Félix, mas o avançado do Liverpool tocou a bola com o braço esquerdo. O árbitro nada viu, o auxiliar também não e o VAR não existe na Liga das Nações.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Rúben Dias não tinha qualquer golo marcado ao serviço da seleção nacional até à noite de ontem. Estreou-se a marcar logo em dose dupla e conseguiu evitar que a má exibição portuguesa também ficasse espelhada no resultado do jogo.
Defensivamente também foi o menos mau de uma linha que assinou uma exibição terrível.
A surpresa
Matteo Kovacic foi, a par de Rúben Dias, uma das figuras da partida. Também bisou e mostrou toda a classe que tem enquanto jogador. No primeiro golo, soube antecipar-se a Rúben Dias e no segundo não teve medo de arriscar o remate fora da grande área e assinar um belo tento para o qual Rui Patrício não teve resposta.
A desilusão
Bruno Fernandes assinou uma exibição desapontante em Split. Abusou dos passes longos e a grande maioria deles não encontraram o destino pretendido. Foi um passe errado de Bruno Fernandes que deu origem ao primeiro golo croata. Ao intervalo foi o primeiro sacrificado de Fernando Santos e deu o lugar a Trincão. Talvez esteja a acusar o desgaste físico.
Fernando Santos
Portugal voltou a ficar aquém do esperado depois de ter perdido, com justiça, diante de França. Mostrou-se agastado com a equipa depois do jogo, mas assumiu a total responsabilidade. E não é para menos. Esta seleção tem potencial para jogar mais e melhor daquilo que mostrou nos dois últimos jogos.
Zlatko Dalic
A seleção croata pareceu algo apagada no início do jogo, mas chegou ao golo num lance em que aproveitou a passividade da formação das quinas. Na segunda parte passou a jogar com menos um jogador a partir dos 50 minutos, mas só já perto do apito final deu o jogo como perdido. Não se poderia pedir mais a uma seleção em renovação.
O árbitro
A noite de Michael Oliver ficará marcada pelo lance do segundo golo de Portugal. Diogo Jota tocou a bola com a mão antes de assistir João Félix, resultando assim um golo ferido de legalidade. É certo que não há VAR na Liga das Nações, mas o lance deveria ter sido prontamente anulado.