Nöel Le Graët, presidente da Federação Francesa de Futebol, afirmou há uns dias que o racismo não existe no futebol.
Uma afirmação que foi hoje desmentida, nas redes sociais, por Patrice Evra, antigo internacional gaulês, que sublinha que o racismo até está presente na comitiva gaulesa.
'Eu não amo este jogo. Eu não amo esse jogo. Existem exemplos e sou obrigado a responder a Nöel Le Graët. Devo falar do 'Château'. Tu sabes bem o que acontece no 'Château'. Quantas cartas racistas recebemos? "Didier (Deschamps), leva os teus macacos e vai para África." Quantas cartas como esta recebemos contra os jogadores? Mas nós as escondemos. Eu vi algumas. Até recebemos caixas cheias de cocó", começou por dizer o ex-atleta de Juventus e Manchester United.
"E quando vem o presidente da república, sabemos que a seleção francesa não é de um jogador, é do povo francês. Mas designamos lugares quando comemos à mesa. Mas cada vez que o presidente ou os políticos vêm, tudo mudava". Patrice Evra foi ainda mais longe e refere alterações de lugar à mesa das refeições cada vez que o presidente da república os visitava:
"Eu estava sentado lá e de repente eles colocavam-me na ponta da mesa. Onde normalmente estavam Sakho e Sagna. Tivemos que mudar. Eles colocavam o Hugo Lloris, o Laurent Koscielny e o presidente no meio. Mas sabíamos que eram essas as regras Quando ele queria uma foto era melhor colocar-se com o Lloris, o Koscielny em vez do Sakho ou do Sagna ”, finaliza.
