Sérgio Conceição fechou esta temporada o seu terceiro ano consecutivo como principal responsável pelo futebol do FC Porto.
Porém, desde a sua chegada, o clube da cidade Invicta atravessa um dos seus momentos financeiros mais estrangulados da história recente.
Na hora de fazer contas aos títulos, Pinto da Costa pode dar-se por satisfeito, isto porque o técnico tem feito jus à velha máxima de "fazer omeletes sem ovos".
Esta quarta-feira, o Desporto ao Minuto analisa, contudo, como foram, em termos de entradas e saídas, os últimos três anos, lembrando que o técnico azul e branco enfrentou um verdadeiro processo de revolução no plantel, com saídas de peso na última temporada.
Assim, em 2019/20, a contabilidade entre o 'deve e o haver' é francamente positiva em termos globais. Entre os oito jogadores contratados para a temporada, os portistas gastaram 63,10 milhões de euros, valor que contrasta com o das saídas: 88,00 milhões de euros.
Todos os jogadores contratados, à exceção de Nakajima e Zé Luís, ainda que com importãncia em diversos momentos, assumiram-se de pedra e cal na equipa. Marchesín, Uribe ou Luís Díaz são jogadores que valorizaram o plantel portista, com Loum ainda em fase de crescimento e Saravia a ser o único 'tiro no escuro' do técnico portista - Marcano regressou depois de ter saído para a AS Roma.
No entanto, no que toca a saídas, para lá dos 'custo zero' Herrera e Brahimi, o grande destaque vai para a venda de Éder Militão, que apenas ele rendeu 50 milhões de euros aos cofres azuis e brancos, valor ao que se somam as vendas de Felipe (20 milhões) e Óliver Torres (11 milhões).
Em 2018/19, destaque para um mercado cirúrgico dos azuis e brancos. Militão aterrava em Portugal por 7 milhões de euros, Waris chegava com esperança (5,2 milhões) - que não viria a confirmar-se - e Mbemba seria 'aposta' (4,7 milhões) para render no ano seguinte.
No que toca a saída, destaque para as 'perdas' de Gonçalo Paciência, Diogo Dalot e Ricardo Pereira, os dois últimos a bater a fasquia dos 20 milhões de euros.
Assim, os dragões gastaram 33 milhões, vendendo um total de 72 milhões, algo que faria desta a segunda temporada com mais receitas do consolado de Conceição.
Porém, foi no ano anterior, a temporada de 2017/18, o primeiro de Conceição no Dragão, o mais 'rentável' dos tempos recentes. Com as vendas de André Silva (38 milhões) e Rúben Neves (18 milhões) a impulsionarem a coluna das receitas, nesta temporada chegaram ao Porto apenas dois jogadores: Óliver Torres, que custou 20 milhões de euros, e Vaná, que ficou 'fechado' por 1 milhão de euros.
Temporada | Gastos | Receitas | 'Rendimento' |
2019/20 | 63 milhões | 88 milhões | + 25 milhões |
2018/19 | 33 milhões | 72 milhões | + 39 milhões |
2017/18 | 21 milhões | 70 milhões | + 49 milhões |
Total das três épocas | 117 milhões de euros | 230 milhões | + 113 milhões |